SAÚDE

Vacina contra a gripe é liberada a toda a população até estoques acabarem

Ate sexta-feira (31/5), apenas os grupos prioritários podiam tomar a dose

Longas filas se formaram na Unidade Básica de saúde n° 7 da Asa Sul (foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

A partir desta segunda-feira (3/6), a população pode se vacinar contra a gripe nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do DF. Até sexta-feira (31/5), a dose era destinada aos grupos prioritários. Entretanto, muitas pessoas que decidiram se prevenir da doença se depararam com a falta da vacina. A imunização só ficará disponível até acabarem os estoques. 

Foi o caso da assistente de ensino Elissa Cardoso, 40 anos. Pela manhã, ela chegou a ir às unidades básicas n° 9 do Cruzeiro Novo e n° 14 do Cruzeiro Velho, mas foi informada de que não havia previsão para a chegada das vacinas. “Hoje à tarde, eu soube, por um grupo de amigos, que tinha a vacina no Cruzeiro Novo. Pedi uns minutinhos no trabalho para a minha chefe e dei um jeito de vir”, explicou. 


Segundo a assistente, o importante é evitar o vírus. “Tomo vitaminas diariamente, mas tenho cuidado redobrado com a saúde. Penso no clima de Brasília, que é indefinido e superseco”, ressaltou. 

(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Segundo a Secretaria de Saúde, 50 mil doses foram enviadas às unidades básicas de saúde na manhã desta segunda-feira (3). A pasta informou que, caso o estoque acabe, não haverá reposição, uma vez que a imunização gratuita é voltada voltada aos grupos de risco e o número de doses disponibilizadas calculadas para atender a essa parcela da população. Até o momento, 682.357 pessoas foram vacinadas, o que corresponde à imunização de 83,42% do público-alvo (grupos prioritários). A meta da Campanha de Vacinação era atingir 778.627 pessoas. A secretaria não soube informar quantas e quais unidades de saúde ainda têm a vacina.


A médica Érica Cidade, 42, aproveitou o baixo número de pessoas na fila do posto do Cruzeiro Novo e levou os três filhos para vacinarem, Eric Felipe, 5, Fabrício Henrique, 9 e Paulo Vitor, 14. “Todo o ano é tradição de família se prevenir. Como atuo na área da saúde, sei o quanto a medida funciona”, observou. Na sexta-feira (31/5), a médica chegou a ir à Unidade Básica 1 do Lago Sul, mas também se deparou com a falta da dose. 

Paulo Vitor, filho mais velho de Érica, sabe da importância de se vacinar (foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

 A dona de casa Andréa Soares, 43, também levou os dois filhos para tomarem a vacina. Ela, que mora no Cruzeiro, logo soube do serviço. “Temos que nos conscientizar. Na escola dos meninos, a diretoria mandou um bilhete na agenda deles solicitando que os alunos se previnam. Achei uma ótima iniciativa, até porque eles lidam com pessoas diariamente”, destacou. 


Na Unidade Básica de Saúde n° 7 da Asa Sul longas filas se formaram, chegando a 50 pessoas. A diarista Luciana Carvalho, 37, teve de esperar duas horas para ser vacinada. Por volta das 16h, a equipe de enfermagem informou que restavam apenas 200 doses. “Não tenho costume de me vacinar, mas peguei uma gripe recentemente e fiquei de cama por três dias. Isso me fez repensar a minha saúde”, explicou. 


O policial militar Marcelo Dutra, 38, também estava na fila. Essa foi a primeira vez que ele tomou a dose contra o vírus. “Tive que regularizar meu cartão de vacina por conta do trabalho, mas vejo o quão importante é estar imunizado.”

Prevenção

O último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado em 28 de maio, indicou 21 casos e duas mortes por H1N1. Em 19 de maio, o número era de 12 casos e uma morte.  

“O clima seco de Brasília contribui para a proliferação do vírus. Entre os meses de março e julho, as pessoas tendem a ficar mais gripadas. Os casos de morte que acontecem têm uma única explicação: imunidade baixa, pois é a partir dela que a pessoa acaba pegando uma pneumonia e agrava a situação”, observa a médica infectologista do Laboratório Sabin Ana Rosa dos Santos. Segundo ela, a vacina é a maneira mais eficaz para evitar a doença. 


A médica e professora de infectologia do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) Joana Darc ressalta a importância da vacina para evitar infecções graves e deixa uma orientação: “No inverno, os vírus Influenza circulam mais. Eles são os responsáveis por grandes epidemias e considerados os mais letais. A principal ação de combate da doença é evitar circular em ambientes aglomerados, colocar o antebraço na boca e, principalmente, usar o álcool em gel”, disse. 

Cuidados

  • Intensificar as medidas que evitam a transmissão da gripe e outras doenças respiratórias, como: lavar e higienizar frequentemente as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento e após tossir ou espirrar.  
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal. 
  • Cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir. > Evitar tocar mucosas dos olhos, do nariz e da boca.  
  • Evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.  
  • Manter os ambientes bem ventilados.  
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados. > Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe. Evitar sair de casa, no período de transmissão da doença. 
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
  • Atentar para os sinais de agravamento (piora do quadro clínico), como a persistência ou aumento da febre por mais de três dias, aparecimento de dispneia ou taquipneia, confusão mental, desidratação, entre outros.
  • Iniciar o uso do antiviral o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas de início dos sintomas. 


*Fonte: Secretaria de Saúde

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