Brasileiros deixam Mais Médicos após saída de cubanos
Em três meses mais de mil médicos desistiram do programa, equivalente a 15% dos selecionados.
Foram 1.052 médicos que desistiram do programa devido à saída dos cubanos, podendo deixar milhões de brasileiros sem assistência, preocupando secretários de saúde.
O programa até então possuía profissionais de diversos países, sendo Cuba em maior número. No entanto, Jair Bolsonaro havia questionado a capacidade dos profissionais várias vezes e pediu que fossem reavaliados.
Eram mais de 8 mil médicos cubanos que atendiam a população brasileira em municípios e bairros populares das capitais. Os cubanos deixaram o Brasil em dezembro de 2018 após declarações “ameaçadoras e depreciativas”.
“Vocês mesmos, eu duvido, que queiram ser atendidos pelos cubanos. Não temos qualquer comprovação que sejam médicos”, ele havia dito para a imprensa.
O programa Mais Médicos foi lançado em 2013 no governo da ex-presidente, Dilma Rousseff, com o objetivo de aumentar a demanda de médicos nos interiores do Brasil, onde os profissionais atendem em municípios e comunidades indígenas.
O ministro de saúde, Luiz Henrique Mandetta anunciou em audiência no senado na última semana que até então a previsão é de enviar um novo projeto ao Congresso para substituir o Mais Médicos ainda esse mês.