SAÚDE

Por que o câncer está aumentando entre os jovens

Em 2018 foram mais de 18 milhões de diagnósticos de câncer e a população com menos de 30 anos está sendo cada vez mais afetada. Por quê isso acontece?

De acordo com o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC) foram mais de 18 milhões de diagnósticos de câncer ao redor do mundo em 2018, valor 28% maior que o último levantamento feito, em 2012. A pesquisa dá ênfase à relação entre a progressão da doença e os novos hábitos nada saudáveis do grupo de pessoas que atualmente têm menos de 30 anos.

O oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia, CPO, Andrey Soares, afirma que o número de casos registrados deve ultrapassar 600 mil neste ano e reforça a necessidade da prática de exercícios físicos e de uma dieta balanceada, ele reforça ainda que o sedentarismo e o sobrepeso são os dois fatores que mais afetam a saúde dessa nova geração. A obesidade é um dos mais importantes contribuintes para o aparecimento de até 12 tipos de câncer, entre eles, câncer no esôfago, fígado e rins.

O oncologista lista ainda quais são os principais fatores contribuintes para o surgimento do câncer:

Tabagismo: As estimativas apontam que quase 75% dos casos de câncer no pulmão são decorrentes do cigarro e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais chances de desenvolver a doença.

Sedentarismo: Além do câncer, a prática de exercício físicos diminui o aparecimento de diversas doenças, entre elas diabetes, colesterol alto e hipertensão.

Etilismo: O hábito de consumir álcool exageradamente está cada vez mais comum entre os jovens, esse hábito gera impactos nocivos em toda saúde física, do coração ao fígado e, nas mulheres, ainda aumenta a chance no desenvolvimento do câncer de mama.

Exposição Solar: As pessoas costumam relacionar os casos de câncer de pele exclusivamente ao melanoma, mas 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não melanoma, estes estão diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol.

Infecções Virais: Apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, essa nova geração apresenta altos índices de contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV. Esse vírus atinge até 75% das brasileiras sexualmente ativas, especificamente na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% dessas brasileiras irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa alarmante.

O Instituto Nacional do Câncer, INCA, apontou em uma pesquisa que a expectativa era que entre 2018 e 2019 mais de um milhão de novos casos da doença surgissem.

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