Maranhão entra em estado de alerta com risco de poliomielite
De acordo com os dados do ministério de saúde, 14,29% dos municípios do Maranhão não atingiram a meta de 50% de vacinação
O alerta foi feito na quinta-feira (28) em uma reunião com secretários estaduais e municipais de saúde, onde a coordenadora do Programa de Imunização, Carla Rodrigues afirmou:
“Uma cidade com esses indicadores têm todas as condições de voltar a transmitir a doença em nosso País. Será um desastre para a saúde como um todo.”
O quadro geral é preocupante, o Brasil está livre da poliomielite desde 1990, quando foi registrado o último caso. Em 2017 vinte e duas unidades da federação não atingiram a cobertura ideal da vacinação. Atualmente, os estados do nordeste são os que tem mais risco de retorno da doença, onde as situações mais graves são na Bahia com 15% dos municípios abaixo da meta de 50% de vacinação, seguido pelo Maranhão, com 14,29%.
Visto isso, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) tomou algumas medidas, como o envio do documento de alerta geral para os gestores municipais de saúde, apoio com técnicos e de estrutura para campanhas em áreas prioritárias, abastecimento com insumos (Agulhas, seringas e vacinas de todas as regiões) e avaliação mensal das coberturas vacinais dos municípios, encaminhada às regiões de saúde.
Os municípios que sofrem o surto da doença no Maranhão são: Arame, São Domingos do Maranhão, Ancântara, Bequimão, Santa Luzia do Parauá, Jenipapo dos Vieira, Bacuri, Turiaçu, São João Batista, Santana do Maranhão, Peri Merim, Dom Pedro, Axixá, Bacabal, Magalhães de Almeida, Humberto de Campos, Matões do Norte, Vargem Grande, Pinheiro, Carutapera, Chapadinha, Serrano do Maranhão, Vitorino Freire, Belágua, Raposa, São Vicente Ferrer, Presidente Dutra, Grajaú, Presidente Sarney, Central do Maranhão e Primeira Cruz.
A doença acontece devido ao um vírus que vive no intestino, o polivírus, atingindo geralmente crianças com menos de quatro anos, no entanto também pode afetar também os adultos. Seus sintomas persistem em febre, dor de garganta, náusea, vômito e prisão de ventre.
1% dos infectados podem desenvolver a forma paralítica da doença, causando sequelas permanentes, ou até mesmo morte devido a insuficiência respiratória.
A doença pode ser transmitida de uma pessoa para a outra através da saliva, fezes, água ou alimentos contaminados. Não há tratamento específico, mas pode ser prevenida através da vacinação.