Maranhão atinge 65% de cobertura vacinal contra a gripe
Governo federal prorrogou a campanha até 15 de junho em todo o Brasil por causa da baixa cobertura vacinal e da greve dos caminhoneiros
Segundo o governo federal, faltam 18,8 milhões de pessoas a serem imunizadas no Brasil. No Maranhão, de acordo com o Ministério da Saúde, já foram aplicadas 1.120.715 vacinas. O público com maior cobertura até o momento é de puérperas, com 78,1%, seguido pelos idosos (75,2%), professores (73,1%) e trabalhadores de saúde (71,6%). Entre os indígenas, a cobertura de vacinação ficou em 63,6% e gestantes 55,1%. O grupo com menor índice de vacinação foram as crianças, entre seis meses e cinco anos. A cobertura é de apenas 49,7%.
Pelo cronograma inicial, a campanha terminaria hoje, dia 1º. A medida que prorroga a campanha contra a gripe para até o dia 15 foi adotada em decorrência do impacto da paralisação dos caminhoneiros no transporte público e nos atendimentos em serviços de saúde. Como brasileiro sempre deixa tudo para a última hora, é a oportunidade de quem ainda não se imunizou procurar uma das unidades de saúde para se vacinar. A circulação do vírus influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem. A vacina é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença. “Fui ao hospital porque peguei uma gripe muito forte e, quando cheguei lá, o que tinha de gente doente. Esse clima da nossa cidade que uma hora chove, na outra faz sol, possibilita que esses vírus circulem”, conta a advogada Regina Pinheiro, uma das muitas pessoas afetadas pelo vírus da gripe na capital.
De acordo com a Prefeitura de São Luís, o município está se empenhando em cumprir a meta de vacinação contra a gripe estipulada pelo Ministé- rio da Saúde que é imunizar, na capital, 209.974 pessoas pertencentes ao grupo de risco. No último sábado, quando a Secretaria Municipal de Saú- de (Semus) promoveu o Dia D Municipal, foi atingida 65% da meta. Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos. O Ministério da Saúde reforça a importância dos estados e municípios continuarem a vacinar os grupos prioritários, em especial, crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença. A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas até o dia 15 de junho. Segundo o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, desde o início da campanha, 23 de abril, o município tem vacina disponível em todas as unidades. “Mesmo assim, a adesão à vacinação em alguns grupos está abaixo do esperado”, frisou Lula Fylho. A campanha de vacinação tem como público-alvo crian- ças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas acima dos 60 anos de idade, trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, além da população privada de liberdade, dos funcionários do sistema prisional e das pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. A Semus orienta as pessoas a levarem o cartão de vacina aos postos e, no caso de pacientes com doenças crônicas, é necessário apresentar comprovação.