Enxaqueca ou Cefaleia tensional? Entenda a diferença
10-15% da população irá sofrer de enxaqueca em algum momento da vida e é uma das causas que mais incapacitam ao trabalho.
A enxaqueca é um tipo de cefaleia que atinge 15,2 % dos brasileiros – de acordo com estudo recente, sendo seu principal sintoma a dor a cabeça, que pode ir de moderada a severa. É uma dor contínua que não parece ter fim e atinge uma em cada sete pessoas no mundo.
A cefaleia se divide em vários grupos, incluindo a cefaleia primaria que se encaixa no diagnóstico da enxaqueca, e a cefaleia secundária que está associada a outros fatores e doenças. Muitas vezes os médicos não fazem o diagnóstico certo e logo não minimiza a dor.
“Muitos pacientes com enxaqueca não se conformam que os exames vêm sempre normais, mas aí que ta: os exames precisam vir normais mesmo, senão não é mais enxaqueca, e sim uma cefaleia secundaria” disse o neurologista da Unifesp, Victor Miranda.
A enxaqueca acontece devido um desequilíbrio químico no cérebro, sendo um pouco mais predominante em mulheres e muitas vezes podendo estar associada ao período menstrual, ela pode estar também relacionada ao um fator hereditário, o que permite se manifestar em qualquer idade. As causas da enxaqueca são multifatoriais, ou seja, é uma junção de fatores que podem desencadear a dor, como:
- Ambientais (clima)
- Odores
- Alimentares (Jejum prolongado)
- Alterações hormonais
- Físicos (Ausência ou excesso de exercício)
- Emocionais (Estresse ou ansiedade)
- Sono (Insônia)
Os sintomas terão de ser discutidos com o médico profissional da área para evitar a exposição destes. A enxaqueca tem como principais sintomas:
- Unilateral
- Latejante
- Dor Moderada ou severa
- Agravada por atividade Física
- Náusea e/ou vômitos
- Fotofobia (sensibilidade a luz)
- Fonofobia (sensibilidade ao som)
A enxaqueca com aura é bastante comum, precedida de sintomas visuais e sensitivos, e está presente em 15 a 25% dos casos. Transtornos de humor, como depressão ou ansiedade estão associados a enxaqueca com aura.
Não existe cura para a enxaqueca, pois o sistema nervoso de quem sofre desse problema possui neurotransmissores que reagem de forma diferente do resto da população. No entanto há tratamentos eficazes para reduzir, sendo eles farmacológicos ou não, é importante realizar mudanças de vida para evitar que a dor se desenvolva.
Outro diagnostico que pode-se confundir com a enxaqueca é a cefaleia tensional que de acordo com a dentista, especializada em ortodôntia DTM e dor orofacial, Thajla Azevedo acontece devido às dores de cabeça que normalmente são ao acordar e ou ao final do dia.
A cefaleia do tipo tensional é uma dor de pressão bilateral de intensidade leve a moderada, eventualmente acompanhada de alterações visuais, tonturas e zumbido. Ela pode ocorrer de forma episódica ou crônica, a dor pode levar a pessoa a se autodiagnosticar com enxaqueca, no entanto ela não é acompanhada pelos mesmos sintomas.
A principal causa é o bruxismo, que é o ato de apertar os dentes involuntariamente durante o sono ou acordado, podendo estar associada a estress ou ansiedade. Os sintomas, além da dor de cabeça, são:
- Leve dor ou pressão na frente, topo ou laterais da cabeça
- Dificuldade em dormir e manter o sono
- Irritabilidade
- Dificuldade de concentração
- Zumbido
- Dores musculares.
O tratamento é multifatorial, pode ocorrer através de laser, aplicação de toxina Botulínica, uso de placa miorrelaxante ou com o acompanhamento de fisioterapia para ajudar no relaxamento dos músculos faciais. A toxina Botulínica, que é um dos procedimentos mais recentes, é aplicada nos músculos da face para obter um relaxamento e também bloquear o neurotransmissor da dor para o sistema nervoso central.