Boa parte dos pacientes que estão lotando os corredores dos prontos socorros de São Luís são diagnosticados com virose. As viroses são quadros infecciosos causados por vírus, cuja sazonalidade é uma das principais causas para a proliferação dos agentes infecciosos. O período chuvoso é onde ocorre maior predisposição para essa proliferação.

São inúmeros os tipos de viroses. O vírus da gripe é o mais comum entre os casos registrados nas unidades de urgência e emergência, mas é possível também diagnosticar quadros de infecções no trato gastrointestinal, com presença de diarreia e vômito.

Causas

Para a infectologista Giselle Boumann, o clima favorece para que a proliferação dos vírus ocorra de forma mais fácil e, consequentemente, haja o registro de um grande número de pessoas que apresentam os mesmos sintomas. “Os vírus que causam infecção do trato respiratório e gastrointestinal tem uma facilidade muito grande de transmissão. E no período de chuvas, onde as pessoas ficam mais aglomeradas, se houver uma ou duas pessoas doentes, é fácil a disseminação para as demais”, afirma.

Sintomas

Os sintomas mais comuns em pacientes diagnosticados com vírus que infeccionam o trato respiratório e causam apenas resfriados são coriza (nariz escorrendo), espirros, febre baixa, dor de cabeça e até dor na garganta. Quando o quadro clínico do paciente é uma gripe, causado pelo vírus Influenza, os sintomas são bem mais intensos, como febre alta, dor no corpo, tosse, dor de cabeça.

Nas viroses intestinais, o paciente apresenta vômito, diarreia, febre. Os sintomas desaparecem em alguns dias, por isso não existe medicação específica para o tratamento.

Grupo de Risco

Giselle explica que, mesmo boa parte da população sendo propensa à infeção com o vírus da gripe, existe o grupo de risco, que pode ter complicações caso haja infecção. O grupo compreende: idosos, crianças, pessoas com imunidade baixa, pessoas com problemas cardíacos, gestantes, pessoas que tenham obesidade.

Recomendações

A médica destaca que a  principal recomendação para evitar o contágio é a higienização das mãos, por meio de água e sabão ou álcool em gel. Além de se prevenir por meio das vacinas disponíveis em postos de saúde para a população de maior risco de complicação e contaminação (gestante, extremos de idade, imunossuprimidos, profissionais de saúde, professores, entre outros).