SAÚDE

Assistência para crianças com autismo avança no Maranhão

Ao todo, são 72 famílias assistidas pelo único serviço de assistência ao TEA na rede pública do estado. Crianças recebem tratamento com equipe multidisciplinar

Desde que começou a funcionar, em abril do ano passado, o Serviço para Pessoas com Transtorno do Espectro do Autista (TEA) realizou 17.707 atendimentos. O serviço implantado pelo Governo do Estado funciona no Centro Especializado em Reabilitação e Promoção da Saúde (CER), no Olho d’Água. Ao todo, são 72 famílias assistidas pelo único serviço de assistência ao TEA na rede pública do Maranhão.

Leia: O difícil diagnóstico do autismo e a busca por tratamentos

“Em um ano avançamos no diagnóstico e tratamento do Transtorno do Espectro do Autista no Maranhão. O espaço público oferece uma abordagem diferenciada e com profissionais especializados”, defendeu o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

Clarissa Moreira Coelho Costa é mãe do casal Miguel Veiga, de cinco anos, e Maria Luiza, de sete anos, ambos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As crianças também são assistidas há 12 meses na Casa de Apoio Ninar.  Ela conta que o menino não falava, nem interagia, mas que os cuidados terapêuticos e emocionais recebidos o transformaram, a ponto de hoje poucas pessoas identificarem o transtorno.

“O meu pequeno, que até então não tinha completado 4 anos, pouco falava. Agora tem um vocabulário bastante amplo e já demonstra ter iniciado a alfabetização. Hoje ele já está começando a fazer a leitura – Os avanços dele são bem evidentes. Com o desempenho de todos do programa, o desenvolvimento é maravilhoso”, afirmou Clarissa Moreira.

Maria Luiza, de 7 anos, também é assistida no serviço. Para Clarissa Moreira Coelho Costa, a filha evoluiu no tratamento. “A Maria Luiza tem uma personalidade mais forte, diferente do Miguel que é mais maleável. Ainda assim, ela teve muitos avanços também. Graças ao programa TEA nós passamos a enfrentar os comportamentos difíceis com mais direcionamento. A gente observa não só a diferença de quadro de diagnóstico de autismo, mas as diferenças da personalidade deles – Nós estávamos trabalhando para identificar e não acabar reduzindo eles ao diagnóstico”, explicou.

Marco para a saúde pública

Para a psicóloga e coordenadora do projeto, Flávia Neves, a implantação do serviço foi um marco para a saúde pública do estado, principalmente por ser um trabalho pioneiro no Brasil em relação a esse atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista. “A gente pode colocar como um marco histórico para a saúde pública do Maranhão a adoção desse projeto que é oferecer uma terapia intensiva e multidisciplinar, visando um atendimento individualizado e de qualidade ao paciente com TEA. Essa é uma grande conquista para o estado e vemos muitas perspectivas de crescimento e expansão desse serviço para outros municípios maranhenses”, afirmou.

As crianças com TEA recebem do Governo do Estado tratamento com equipe multidisciplinar composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicopedagogos e educadores físicos. Os pacientes passam por intervenções diretas, indiretas e multiprofissionais com analista do comportamento fazendo a supervisão de programas.

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