SAÚDE

8.800 novos casos de câncer devem surgir no Maranhão

Segundo pesquisa, são esperados cerca de 1.500 novos casos de câncer de mama nos próximos dois anos em São Luís e, até 2019, dois mil pacientes com câncer no colo do útero

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 70% da população feminina faça o exame anualmente a partir dos 40 anos. (Foto: Reprodução)

De acordo com o estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), em parceria com o Ministério da Saúde, cerca de 8.800 novos casos de câncer podem surgir nos próximos anos no Maranhão. Ainda segundo a estimativa, nos próximos dois anos, serão cerca de 1.500 novos casos do câncer de mama, que possui a maior incidência em São Luís. Além disso, até 2019, são esperados cerca de dois mil pacientes com câncer no colo do útero.

“A estimativa é que nós tenhamos cerca de 8.800 casos mais ou menos, de todos os tipos de câncer, entre masculinos e femininos. É um número que, comparado com a estimativa nacional, parece ser tímido, mas, considerando a população maranhense, é um número expressivo”, explica José Guará, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia do Maranhão.

Os pesquisadores afirmam que cerca de 1/3 dos tipos de câncer podem ser evitados, principalmente por meio da mudança de hábitos já que, em muitos casos, o câncer é o resultado de comportamentos que não são saudáveis. A mudança no estilo de vida pode ajudar a prevenir até 20% dos casos.

“Hábitos de vida simples, como atividade física e evitar a obesidade, evitar a ingestão de bebida alcoólica, evitar o tabagismo, são medidas que realmente têm impacto importante. Não é só porque a gente acredita que isso seja um fator de risco para doenças crônicas, mas de fato reduz a chance de morrer por câncer”, afirma José Guará.

Há dois anos, a funcionária pública Mariana Feitosa descobriu que tinha câncer quando ele já havia se espalhado para outro órgão. Realizou duas cirurgias, várias sessões de quimioterapia, mas nunca deixou que a doença mudasse sua rotina e nem que os efeitos colaterais lhe causassem medo.

“Depois que eu falei para a família e os meus amigos mais próximos, pra mim, aquilo ali era só um momento que ia passar, mas eu sabia que eu ia sair daquela situação. E em momento algum eu fui dominada pelo medo, pela dúvida se eu ia conseguir ou não. Porque eu tinha certeza que ia ser curada”, relata Mariana.

Após o fim do tratamento, Mariana realiza agora o controle da doença através de consultas e exames de rotina. Para ela, a experiência que poderia ter sido um trauma a tornou mais forte. “Eu digo que o câncer foi um deserto e, assim como qualquer deserto, quando você sai dele, você é outra pessoa, porque você aprende com as coisas difíceis que acontecem na sua vida. O câncer me fez ser uma pessoa muito mais forte, a família, os amigos também. Então, tudo conspirou para que hoje a minha vitória chegasse”, conta.

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