Mobilidade urbana um problema a ser resolvido. Qual solução?
Candidatos ao governo do Maranhão revelam quais são os seus projetos para melhorar a mobilidade urbana no estado, caso sejam eleitos. Confira o que seu candidato respondeu.
Mobilidade urbana é definida como a capacidade de deslocamento da população dentro do espaço urbano, por motivos econômicos, sociais e pessoais.
De carro, a pé ou de transporte público como ônibus coletivos e ferryboats, os maranhenses convivem com as estradas estaduais sem sinalização semafóricas, esburacadas, sem asfalto de qualidade ou com a falta de transporte marítimo seguro e com um serviço que atenda a todos usuários de uma forma digna.
Com base nesse cenário, “A pergunta É…” , de O Imparcial desta semana é a seguinte: “De que forma, caso o senhor seja eleito, pretende investir na mobilidade urbana que atinge milhares de maranhenses nos 217 municípios do Maranhão?
Lahésio Bonfim (PSC/PMN)
“O grupo que governa o Maranhão piorou o que já era ruim. Por falta de vontade e incompetência, faliram o sistema de ferryboat, que hoje é um transtorno para à população. Como governador, vou resolver definitivamente a travessia entre São Luís e a baixada maranhense com a construção da ponte.
Enquanto a ponte não fica pronta, vou revisar o programa de concessão dos ferryboats e exigir condições dignas de transporte.
Vou trabalhar para viabilizar a hidrovia que liga Balsas ao Rio Parnaíba, atuando em parceria com o governo do Piauí para a conclusão da eclusa Boa Esperança, permitindo estender a navegação até Timon e Teresina. Construir e recuperar as rodovias que cortam o estado do Maranhão para garantir mais segurança para as pessoas e melhorar o escoamento da produção. E atuar em parceria com as prefeituras para a utilização do fundo nacional de mobilidade urbana na implementação de serviços inclusivos e calçadas acessíveis”.
Simplício Araújo (SOLIDARIEDADE)
“A nossa região metropolitana tem os piores índices de mobilidade urbana do Brasil, puxado pela nossa capital. O atraso na aprovação do plano diretor tem uma grande parcela de culpa, pois as regras para construção e ocupação estão desfasadas e não existe planejamento algum para o hoje e nem para o amanhã.
Como Governador irei liderar um consórcio para resolver este problema com os municípios da região metropolitana e com o governo federal. Também faremos o mesmo nas maiores cidades do estado como Açailândia, Pedreiras, Bacabal, São Mateus, Miranda e cidades onde as avenidas principais são na verdade estradas como Br’s e MA’s.
Outra grave preocupação é com a situação de pontes que não recebem manutenção há mais de 30 anos, em Bacabal, Vitória do Mearim, Arari, Pedreiras, Coroatá e outras cidades, inclusive com risco de queda o que ocasionaria graves prejuízos de toda ordem, como aconteceu na interdição recente de uma ponte em Coroatá.
Um dos nossos primeiros compromissos será a restruturação das nossas rodovias estaduais e fazer parcerias com municípios afim de melhorar a pavimentação asfáltica de nossas cidades, mas contratando mão de obra com carteiras assinadas, pois hoje muitas obras usam mão de obra informal”.
Weverton Rocha (PDT)
“Tenho viajado muito pelo Maranhão e vejo que é necessário um investimento pesado na infraestrutura viária do Maranhão. É preciso recuperar as estradas, tanto as federais e estaduais, que, na maioria, estão intrafegáveis. Então vou buscar recursos para fazer o que é do estado e vou buscar apoio do governo federal para fazer as rodovias federais com mais qualidade, porque não é possível que só no Maranhão as estradas federais não durem um inverno. Ter estradas em boas condições é fundamental tanto para a segurança das pessoas, como para o projeto de desenvolvimento econômico e estímulo à produção. Também vou resolver de forma séria e transparente a travessia de São Luís para a Baixada.
De forma imediata, vamos afretar equipamentos, mas com controle de qualidade para que possam oferecer segurança para as pessoas. Com mais prazo, vamos adquirir novos equipamentos e licitar um operador privado para operar, com regras bem claras, bem amarradas para que o serviço funcione. E ainda vamos avançar no funcionamento dos aeroportos regionais. O Maranhão é um estado grande, com grandes distâncias, e até para o desenvolvimento do turismo, é necessário que tenhamos aeroportos de menor porte funcionando nas maiores cidades do estado”.
Carlos Brandão (PSB)
“Já fizemos mais de 6 mil quilômetros de pavimentação de vias urbanas e temos concluídas licitações nas 12 regionais para levarmos adiante esse benefício. Já são quarenta rodovias novas, prontas, interligando cidades, povoados e distritos; tivemos, inclusive, que recuperar rodovias federais que são fundamentais para a vida econômica do estado, a exemplo de Rosário a Barreirinhas, que hoje é uma das rotas turísticas mais cobiçadas do Brasil e que estava impraticável.
A gente tem que pensar em mobilidade como fator da necessidade e do direito de ir e vir do cidadão, com conforto e segurança; escoamento da produção, afinal já somos um dos 10 maiores produtores de grãos do Brasil, temos uma agricultura familiar forte e crescente em diversas regiões; somos o maior produtor de pescados do País e o segundo maior exportador de proteínas animais do Nordeste. Isso tudo requer estradas”.
Edivaldo Holanda (PSD)
“A recuperação das estradas do Maranhão, duplicação de rodovias e abertura de vias para interligar municípios são medidas fundamentais para garantir a mobilidade da população com segurança. Portanto, eleito governador, vamos priorizar a elaboração do Plano Rodoviário Estadual, com o objetivo de requalificar e conservar a malha viária existente, além de construir pontes e implantar novas estradas.
É importante ainda a reestruturação urgente do transporte aquaviário (ferryboat) que opera a travessia entre os terminais da Ponta da Espera, em São Luís, e Cujupe, em Alcântara, garantindo a ampliação da oferta do serviço e embarcações modernas e seguras.
Quando fui prefeito de São Luís, fiz muito para assegurar a mobilidade urbana na capital. Além do asfaltamento de ruas e avenidas, renovamos cerca de 90% da frota do transporte urbano, que passou a contar com veículos com ar-condicionado e articulados, entre outros benefícios aos passageiros.
Também implantamos corredores exclusivos para o transporte nas avenidas, realizamos mais de 60 intervenções de trânsito, implantamos ciclovias e ciclofaixas, construímos pontes e vias interbairros, entre muitas outras ações. Por meio destes investimentos vamos garantir também o fortalecimento da nossa economia e o desenvolvimento social”.
Enilton Rodrigues (PSOL/REDE SUSTENTABILIDADE)
“Investimento no transporte coletivo em parceria com as prefeituras da grande ilha de São Luís e as cidades que tem transporte coletivo urbano. Com passe livre para estudantes, idosos e desempregados. Vamos colocar a MOB a serviço desta política e com investimento em orçamento e pessoal para fazer o transporte público atrativo e confortável. Outra medida importante que tomaremos será a construção de ciclovias e o incentivo do uso de bicicletas como meio de transporte e prática esportiva. O transporte via ferry boats será uma de nossas prioridades. Assim que tomarmos posse em janeiro de 2023, vamos propor que o serviço de transporte de passageiros da Baixada Maranhense para capital São Luís e outras cidades seja gerenciado pelo próprio governo do estado e não pela iniciativa privada. O objetivo é oferecer mais qualidade e segurança no trasporte aquaviário para população maranhense.
Também vamos fazer a integração a nível estadual pavimento todas as rodovias estaduais que estão intrafegável hoje, fazendo os pequenos muSão Luís, segunda-feira 5 de setembro de 2022 nicípios possam ter esta ligação mais rápida e com segurança. Vamos reestruturar o departamento estadual de rodagens (DER) e as MA 008 que liga Arame a Paulo Ramos e a MA 379 entre Itaipava de Grajaú e Arame já nos primeiros 100 dias de governo”.
Frankie Costa (PCB)
Não respondeu.
Hertz Dias (PSTU)
“Mobilidade é uma demanda que mostra toda a irracionalidade do capitalismo, em particular no Maranhão. Segundo o Observatório do Trânsito do Maranhão, a estimativa é que ocorreram cerca de 1.600 mortes no trânsito no Maranhão, no ano de 2021, acarretando um prejuízo de aproximadamente 1,6 bilhões de reais aos cofres públicos. Na capital São Luís, os trabalhadores gastam em média 2 horas para se deslocar da casa para o trabalho e do trabalho para casa, gerando em prejuízo de 2 bilhões anualmente, segundo dados do ILAESE. Isso tudo, porque prevalece a imposição do modelo do automóvel individual e dos transportes coletivos dominados por consórcios, cujo interesse é o lucro e não a mobilidade. O sistema Aquaviário é outra prova dessa irracionalidade. Em 2017 foram mais de 1 milhões e 800 mil passageiros e mais de 300 mil carros transportados via terminal da Ponta da Espera- Cujupe- Terminal Ponta da Espera. A considerar o valor das passagens para as pessoas, 11 reais, e para os veículos, que varia de 70 a 525 reais, a depender do porte, podemos conjecturar uma arrecadação de quase 100 milhões por ano. Ou seja, o péssimo serviço oferecido não por falta de grana, mas por que as impresas que operam esse serviço estão preocupadas exclusivamente com o lucro e não com as pessoas. O PSTU defende a criação de uma empresa estadual de transportes coletivos, ampliação das ciclovias e uma política de incentivo ao uso de veículos não motorizados. Investir pesadamente em BLTs, VLTs e trem que é muito mais barato, seguro, rápido e menos poluentes. Esse mesmo processo de estatização estenderemos ao transporte Aquaviário, ampliando o número de ferry Boat, duplicando as viagens e contratando, via concurso público, mais trabalhadores para o setor”.
Joás Moraes (DEMOCRACIA CRISTÃ)
“A Mobilidade Urbana e Periurbana constitui fator e ação primordial no nosso governo. Criar uma política pública sustentável voltada a estes tipos de mobilidade carece de planejamento e ação, não só do governo do Estado, mas também dos municípios e da iniciativa privada, ou seja, ações PPP — Políticas Públicas e Privadas voltadas a mobilidade urbana e periurbana de forma também regional. Pensamos nas regiões metropolitanas, não só nas existentes, mas nas outras a serem criadas, pois, a estratégia seria não só garantir o acesso entre os municípios e bairros nas cidades, mas de forma plural e legítima, com bilhete único, dar condições para podermos criar esta sustentabilidade com investimentos entre outros setores para a viabilidade destes, como o turismo. O povo do Maranhão precisa conhecer o seu próprio Estado e dinamizar as integrações locais e regionais.
Existe diferentes formas de mobilidade, e a interação e integração destes, faz com que a nossa visão de ações ao planejamento estratégico, coloque a mobilidade urbana e periurbana em outro patamar com a nossa gestão”.