A PERGUNTA É...

Insegurança alimentar: um problema, qual solução?

Candidatos ao governo do Maranhão revelaram de que forma pretendem combater a situação de fome para dar mais qualidade de vida a população dos 217 municípios do estado.

Toda segunda-feira, uma nova pergunta feita para os candidatos ao cargo de Governador do Maranhão. (Foto: Divulgação)

“Bebida é água! Comida é pasto! Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?”. A canção “Comida”, composta em 1987, pelos Titãs (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito), tendo como inspiração a fome, revelava um Brasil com fome em todos os sentidos: de comida na mesa e na dispensa, de democracia, cultura, diversão, arte.

Passados 35 anos a questão da insegurança alimentar tornou-se um problema crônico no país onde 33 milhões de brasileiros alimentam-se de sobras ou de doações de cestas básicas. No Maranhão, 57,90% da população, tem menos de meio salário mínimo para sobreviver durante o mês, é o que apontou o Mapa da Nova Pobreza, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, o estado se tornou o com a maior porcentagem de pobres no país. Sem falar que é o décimo estado a apresentar maior número de pessoas recebendo auxílio do governo federal, de acordo com o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE). Um total de 2.411.508 maranhenses foram beneficiados, no período de abril de 2020 a janeiro de 2021.

Com base nesse cenário, “A pergunta É..,” , de O Imparcial desta semana é a seguinte: “De que forma O senhor pretende agir contra a questão da insegurança alimentar no Maranhão?”

SIMPLÍCIO ARAÚJO (SOLIDARIEDADE)

“Meu governo vai tirar o Maranhão das mãos da maior parte da classe política, que se serviu do Maranhão por décadas, mas não serve mais para resolver os problemas que são muitos, entre eles a pobreza e a fome. Nossas propostas de governo, tem como pilar, a geração de emprego, renda e desenvolvimento, e isso inclui tirar nossos irmãos maranhenses que ainda passam fome em um estado com grande potencial produtivo. Logo após o resultado da eleição, com a benção de Deus e com o apoio e voto do povo do Maranhão irei iniciar uma discussão com a cadeia produtiva de soja, arroz e milho para que possamos destinar uma parte da produção para produção em escala para a população de baixa renda com incentivo do meu governo. Também iremos incentivar a plantação de feijão, produção de aves e pescados para aquisição da cesta básica maranhense, do nosso programa Agência de Alimentos do Maranhão, uma agência que vai fomentar a produção e adquirindo o que for colhido para compor essa cesta. Pontos de vendas serão instalados em bairros e cidades carentes do estado, vendidos a preços menores para quem possuir cadastro único nos programas assistenciais, ou seja, para quem realmente precisa. Essas pessoas serão cadastradas e boa parte receberá capacitação, alimentação, transporte e um empréstimo ao final da capacitação para adquirir ferramentas ou para montar seu negócio, buscando assim, a porta de saída dos programas assistenciais do governo federal, elevando a renda de 600 reais para mais de 2 mil por mês”.

WERVERTON ROCHA (PDT)

“A questão da fome e da pobreza no Maranhão precisa ser resolvida em duas frentes simultâneas: temos que manter e ampliar os programas de assistência para a população em situação mais vulnerável e fortalecer a política de geração de emprego e renda para que as pessoas possam melhorar de vida. Vou manter e ampliar os restaurantes populares, assim como vou unificar os programas de auxílio financeiro do estado para que possamos alcançar mais efetivamente as famílias em situação de extrema pobreza. Também vou isentar os produtos da cesta básica nesse momento mais crítico, o que vai gerar uma redução de cerca de 12% no preço dos alimentos mais necessários. Em paralelo, vou estimular a produção local, gerando renda no campo e barateando os preços com a eliminação do preço do frete cobrado nos alimentos, quase todos comprados fora do Maranhão. E, claro, vou investir pesadamente na geração de novos postos de trabalho, com qualificação profissional, programas Primeiro Emprego e Segunda Chance, e estímulo ao empreendedorismo, com a criação de 12 Casas do Empreendedor, espaço com internet, equipamentos e apoio técnico para quem quer montar ou ampliar sua empresa. A proposta de virar a chave do desenvolvimento começará a dar resultados a curto prazo e a longo prazo resolverá de forma mais permanente a extrema pobreza no Maranhão”

CARLOS BRANDÃO (PSB)

“Sempre tivemos uma grande preocupação com a segurança alimentar de nossa gente. Tanto que construímos uma rede sólida, voltada para o combate à insegurança alimentar em nosso estado. O que vamos fazer? Ampliar essa rede e fazer com que ela chegue a um número ainda maior de maranhenses. Uma iniciativa que conta hoje com 150 Restaurantes Populares, naquela que é considerada a maior rede de Segurança Alimentar da América Latina. Só nos últimos quatro meses, entregamos cerca de 50 unidades, com refeições a R$ 1,00 – no almoço e no jantar – além da feijoada aos sábados, pelo mesmo valor, e o café da manhã, pelo custo de R$ 0,50. Com isso, conseguimos alcançar um imenso número de pessoas, com alimentação de qualidade, a um preço simbólico, e ainda movimentar os pequenos produtores locais, já que pelo menos 30% do que compramos vem da produção do lugar. São cerca de 2 milhões de refeições servidas por mês e vamos avançar. Isto sem contar com as toneladas de alimentos distribuídos pelo Banco de Alimentos e pelo Mais Pescado, as milhares de famílias beneficiadas pelo Vale-Gás e a redução de 22% do ICMS sobre o gás de cozinha. São medidas que já adotamos, colhemos resultados e sabemos de que podem mudar sensivelmente a realidade das pessoas e que vamos manter, sempre buscando o seu incremento. Além disso, temos compromisso com novos projetos, como o programa Saúde na Escola (redes estadual e municipal), focado no rendimento escolar, a partir da garantia da segurança alimentar dos alunos”.

EDIVALDO HOLANDA (PSD)

“Em toda a minha trajetória pública, trabalhei pelos que mais precisam. Como governador, vamos criar o Maranhão Já, uma grande ação para o desenvolvimento do nosso estado, que tem como eixos os programas Auxílio Maranhão, Emprego Já e o Mais Indústrias. Com o Auxílio Maranhão vamos garantir ajuda financeira emergencial para 66 mil famílias do estado que estão passando fome e não têm qualquer tipo de ajuda por parte dos governos estadual e federal. Ainda como meta para garantir alimento na mesa das famílias maranhenses em situação de vulnerabilidade, vamos fortalecer e ampliar os programas existentes, como os restaurantes populares; levar para os diferentes municípios os Centros de Referência de Segurança Alimentar (CRESAN); fortalecer a agricultura familiar e consequentemente o programa de aquisição de alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), entre outras. Com o Emprego Já vamos incentivar a abertura de novos postos de trabalho em todo o estado, garantindo renda fixa para que as famílias voltem a se sustentar e com o Mais Indústrias vamos aquecer a economia do estado, gerando mais riquezas para a nossa população. É desta forma, com o olhar voltado para os que mais precisam, dando a assistência necessária para superar o momento mais crítico e garantindo meios para que as famílias possam se manter sem fazer sacrifícios que vamos superar a fome e a pobreza no nosso estado”

ENILTON RODRIGUES (PSOL/REDE SUSTENTABILIDADE)

“A política desastrosa do governo federal colocou o Brasil no mapa da fome. É uma triste realidade nacional e infelizmente o Maranhão amarga os piores índices sociais, ainda. Vamos priorizar a agricultura familiar na perspectiva de garantir alimentos saudável para acabar com a fome no Maranhão. Essa priorização será feita com investimento na produção e comercialização desta produção da agricultura familiar, vamos ter um PAA (programa de aquisição de alimentos) estadual e uma parceria com os 217 prefeitos do estado para garantir a comprar de toda essa produção com preço justo. Também vamos investir em assistência técnica, vamos recuperar a EMATER e com a criação da universidade estadual do leste maranhense, ter estudos voltados as culturas (abóbora, feijão, arroz, macaxeira etc) da agricultura familiar. Infelizmente nossas universidades hoje tem priorizado estudos científico para as culturas de exportação em especial a soja. Com investimento pesado e assistência técnica garantida, a agricultura familiar vai ser protagonista na superação da fome e da insegurança alimentar no Maranhão”

FRANKIE COSTA (PCB)

“A proposta da candidatura Frankle Costa e seu vice Zé JK ao governo do Maranhão pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) é que diante de uma situação de calamidade, de fome, desemprego, informalidade do trabalho, baixa renda, péssimas condições de moradias e saneamento básico, agravados pelas péssimas condições da saúde e educação, propomos um plano emergencial de criação de programas de empregos com criação de frentes de trabalhos urbanos associados a obras de saneamento, habitação, reforma de escolas e hospitais. Fomento à organização de cooperativas com apoio de políticas públicas para a produção agroecológica, armazenamento e escoamento de gêneros para alimentação; implementação de políticas públicas de compras para fornecimento às redes escolares, hospitalares, restaurantes populares e outras redes semelhantes. Investimentos dos recursos públicos direcionados a atividades econômicas de interesse do conjunto dos trabalhadores e da maioria do povo para incentivar as cooperativas agrícolas, cooperativas de serviços, cooperativas da indústria e cooperativas comerciais organizadas pelos trabalhadores. Recriação do Banco do Estado do Maranhão, tendo como principal objetivo fomentar atividade econômica no setor agrícola, industrial, serviços e comércio, priorizando as atividades que mais geram emprego. A meta é a curto prazo não termos nenhum maranhense passando fome, tendo garantido no mínimo as três refeições diárias. Esta é a meta principal do Governo do Bloco Popular. Para os quase 60% que estão abaixo da linha de pobreza, garantir uma renda mínima de um salário mínimo, além de medidas auxiliares como restaurantes populares. De forma estruturante a médio prazo garantir forte investimento público na atividade produtiva como alinhado acima, de formas que seja alcançado o pleno emprego”.

HERTZ DIAS (PSTU)

“Insegurança alimentar é eufemismo. Mais da metade da população maranhense vive em risco iminente de fome. Risco porque pode a qualquer momento entrar para o grupo de famintos, considerando que, em apenas 5 meses, 13 milhões de pessoas passaram daquela para esta situação, em todo o país. Para resolver esse problema é preciso enfrentar o agronegócio e realizar a reforma agrária sob o controle dos trabalhadores. Devemos também acabar com a farra da isenção de impostos para os grandes grupos econômicos como o dos supermercados Mateus, cujo proprietário já está entre os 10 maiores bilionários do Brasil; e transferir parte desses recursos para a agricultura familiar, que é a atividade que abastece as mesas de 70% do maranhenses, mas que, infelizmente, teve sua verba para 2022 reduzida em 10 milhões de reais. Também vamos transformar a EXPOEMA, que é um elefante branco dos latifundiários, em um centro de distribuição de alimentos na grande São Luís, fazendo o mesmo nos municípios do continente. E, por fim, organizar um plano de construção de obras públicas para geração de empregos, haja vista que o risco de fome e a fome são consequências direta do desemprego e do subemprego.”  

JOÁS MORAES (DEMOCRACIA CRISTÃ)

“Além de criarmos mecanismos de produção de alimentos componentes da cesta básica para fortalecimento da segurança alimentar através da agricultura familiar em todo o Estado do Maranhão, quando Governador vou subsidiar as ações da agricultura familiar, expandindo a compra local, além de fortalecer com os nossos parceiros a promoção de cursos com as novas tecnologias de manejo da agricultura familiar. O objetivo será garantir a segurança alimentar e nutricional com geração de trabalho e renda. Nosso Governo vai instalar 27 COZINHAS COMUNITÁRIAS, com produção de 500 refeições/dia, por unidade, a cada ano, prioritariamente, nos Municípios com menor IDH . Vamos, com as COZINHAS COMUNITÁRIAS, garantir não somente o acesso as refeições nutritivas com baixo custo, mas promover fonte de desenvolvimento econômico e bem estar social com responsabilidade e sustentabilidade com cursos de inclusão tanto na manutenção das COZINHAS COMUNITÁRIAS, na produção e confecção de alimentos, como cursos de qualificação para a sociedade para formação professional tais como: cozinheiro, garçons, padeiros e confeiteiros dentre outros profissionais ligados a manipulação de alimentos, onde a pessoa será atendida por uma rede de proteção envolvendo nossos parceiros da Politica Público e Privada, as PPPs, recebendo uma bolsa para permanência no curso por um determinado período de tempo até que ela possa montar seu próprio negócio, e também possa garantir o básico para essa manutenção. Também vou implantar 27 BANCOS DE ALIMENTOS em todo nosso Estado para garantir as instituições carentes e as pessoas em risco de sua segurança alimentar e nutricional os mais básicos gêneros alimentícios como meios de subsistência. Em nosso Governo não vamos “dar o peixe”, mas ensinar a pesca-lo com mais dignidade, com estes equipamentos, o Programa Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, que alcançará mais de 100 mil famílias maranhenses, mudando, de forma contundente, a atual situação do Maranhão”.

LAHÉSIO BONFIM (PSC/PMN)

“Hoje no Maranhão mais da metade da população está na pobreza e muitas famílias só fazem uma refeição por dia. Para resolver esse problema, vou melhorar o atendimento nos restaurantes populares e criar o CARTÃO ALIMENTAÇÃO, com um crédito mensal para as famílias pobres utilizarem nos restaurantes de bairro e mercadinhos conveniados ao programa. Você vai poder almoçar e jantar pertinho de casa, sem esperar horas na fila. Assim, além de combater a fome, vamos incentivar os pequenos comerciantes, os micro empresários, gerar emprego, movimentar a economia e garantir um futuro sem fome para milhares de maranhenses”.

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