Projeto de Lei aprovado pela Assembleia Legislativa reconhece os portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência, no Maranhão
Projeto de Lei 016/2020 seguirá à sanção governamental, após ser aprovado em dois turnos
A Assembleia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (9), o Projeto de Lei 016/2020, de autoria do deputado Yglésio Moyses (PROS), que atesta os portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência, no Maranhão. O projeto agora seguirá à sanção governamental, após ser aprovado em dois turnos.
Com a aprovação do Projeto de Lei, os portadores de fibromialgia terão os mesmos direitos assegurados àquelas com deficiência como o acesso facilitado a vagas nos estacionamentos, atendimento prioritário em agências bancárias, supermercados, unidades de saúde, além de outros direitos previstos na legislação.
Yglésio Moyses afirmou: “Nós ficamos felizes com a aprovação desse projeto porque representa o nosso foco, que é o de garantir que as pessoas com fibromialgia tenham uma vida melhor por meio do atendimento prioritário nos estabelecimentos, por exemplo. Facilitar a vida de quem convive com a dor acaba sendo de extrema importância, pois ajudamos a proporcionar dignidade a essas pessoas, construindo uma sociedade que retira barreiras, favorecendo um caminho menos difícil a todos”.
A vice-presidente nacional da Associação Brasileira dos Fibromiálgicos, Simone Eli Bombardi, celebrou a aprovação do projeto que, segundo ela, é pioneiro no Brasil e representa um grande avanço para os portadores da doença.
“A aprovação do projeto do deputado representa mais uma vitória para nós, que lutamos diariamente por melhores condições de vida e dignidade na sociedade em que vivemos. Ainda precisamos que as pessoas tenham compreensão com os portadores de fibromialgia, pois é uma doença crônica e que não tem cura. Esse projeto é um ícone no Brasil e o deputado Yglésio é o pioneiro ao tomar essa iniciativa!”, disse Simone Bombardi.
Fibromialgia
A fibromialgia é uma doença crônica que acomete cerca de 7 milhões de pessoas no Brasil e que não possui cura. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, sete em cada 10 pessoas com fibromialgia são mulheres, que é caracterizada pela dor intensa, fadiga, sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.