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Bira e Carlos Lula fazem crítica a Jair Bolsonaro

A critica é pelo fato do presidente Bolsonaro aparecer em suas redes sociais usando gíria de grupos de extermínio e do desrespeito às familias dos mortos por covid-19.

Bolsonaro é criticado por posar com cartaz "CPF cancelado" (foto: Divulgação)

O deputado federal Bira do Pindaré (PSB) e o secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, usaram suas redes sociais para criticar a postura adotada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em sua participação, na última sexta-feira (23), no programa do apresentador Sikêra Jr., da TV “A Crítica”, de Manaus.

Para Bira do Pindaré, Bolsonaro perdeu o senso do ridículo ao posar para uma foto que viralizou nas redes sociais, blogs e nos principais veículos de comunicação do país com uma placa escrita “CPF Cancelado”. A gíria “CPF Cancelado” geralmente é usada em contexto de policiais e grupos de extermínio, quando alguém é assassinado por outro membro ou facção. “Parece fake news, infelizmente não é. Em entrevista, Bolsonaro (genocida) voltou a desrespeitar as famílias brasileiras que sofrem pela morte de familiares para a Covid. Seta para a direita ‘CPF Cancelado’ é uma gíria usada por grupos de extermínio quando alguém é assassinado por outro membro ou facção”, lamentou Bira do Pindaré.

O fato aconteceu justamente quando o Brasil acumulava 386.416 mortos pela Covid-19. Naquele dia, somente nas últimas 24 horas, o país perdeu 3.076 pessoas para a doença, chegando aos 389.492 mortos. Com a aproximação da marca de quase 400 mil mortos por conta da Covid-19, o secretário de Saúde, Carlos Lula, que é presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) até 2022, também criticou Bolsonaro por sua falta de bom senso e compaixão com as famílias brasileiras que perderam parentes por causa do vírus mortal.

 “Nos próximos dias o Brasil chegará à triste marca de 400 mil vidas perdidas pra Covid-19. No lugar de lamentar, nosso Presidente resolve fazer disso uma ‘piadinha’. ‘CPF cancelado’ é expressão que significa uma vida tirada. E lá está ele, sorrindo, como se motivo houvesse. Ao seu lado, aparentemente atônito, vemos o Ministro da Saúde. A cena é constrangedora e cruel. O mínimo, o mínimo a se fazer, seria um pedido imediato de desculpas. Piedade é um sentimento natural e não pode ser forçada, mas deboche da dor do outro ultrapassa qualquer limite”, disse o secretário, em tom de reprovação à atitude do presidente que voltou a fazer ameaças à democracia caso haja o agravamento da crise social causada pela covid-19.

Pela terceira vez, o presidente Jair Bolsonaro deve retornar ao Maranhão em maio deste ano. A informação foi confirmada pelo senador Roberto Rocha (PSDB). Na programação, está prevista uma visita ao município de Alto Parnaíba para a inauguração da ponte que liga o Maranhão ao Piauí. “É uma obra extraordinária e importantíssima para o Maranhão e o MATOPIBA”, disse o parlamentar referindo-se à região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. 

Também foi confirmada uma visita à Açailândia, onde serão debatidas questões relacionadas à duplicação da BR-010, que liga Açailândia a Imperatriz; a construção do aeroporto da cidade e o controle das erosões no município.

Em fevereiro deste ano, Bolsonaro participou de cerimônia para entrega de 120 títulos de propriedade às famílias remanejadas pela criação do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão, na década de 1980. Para a implantação do projeto do Centro, foi desapropriada uma área de segurança de mais de 62 mil hectares. 

Na ocasião, uma fazenda foi adquirida e incorporada ao patrimônio da União e cada família recebeu uma gleba rural de 15 hectares e um lote urbano com uma residência. Hoje, 125 famílias foram beneficiadas com a regularização das propriedades, promovida pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Economia, em conjunto com o Comando da Aeronáutica.

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