Duarte Jr e Yglésio protagonizam discussão acalorada em sessão da Assembleia
O desentendimento aconteceu enquanto os parlamentares debatiam ações para a redução do preço dos combustíveis
Na manhã desta quarta-feira (24), os deputados Yglésio Moyses (Pros) e Duarte Jr. (Republicanos) protagonizaram um “bate-boca”, durante sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema). O desentendimento aconteceu enquanto os parlamentares debatiam ações para a redução do preço dos combustíveis.
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A confusão teve início quando Yglésio acusou o deputado do Republicanos de ter se apropriado do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA), como “cortina de fumaça”, para tachar os proprietários de postos de combustíveis. Na declaração, Yglésio questionou ainda a escolha da atual presidente do órgão, Karen Barros, que é esposa de Duarte Júnior.
No momento do pronunciamento, Duarte estava do lado de fora do plenário, mas retornou à casa para rebater as afirmações do adversário. Em sua fala, Duarte Jr saiu em defesa da esposa e exaltou o trabalho de mulheres que ocupam posições de poder.
As provocações continuaram mesmo após os discursos. O deputado do Pros, inclusive, foi até o gabinete de Duarte, onde os dois começaram a “trocar farpas” e quase partiram para agressões físicas, sendo necessária a interferência de outros parlamentares. A presidente da casa, deputada Cleide Coutinho (PDT), também precisou intervir a fim de organizar a sessão.
Yglésio foi retirado do local pela equipe de segurança da Assembleia. O ex-presidente do Procon disse que vai acionar criminalmente a Justiça contra o deputado do Pros e denunciá-lo ao Conselho de Ética da Assembleia.
Duarte Jr e Yglésio já haviam trocado provocações antes, quando ambos foram candidatos nas últimas eleições municipais. O representante do Republicanos, inclusive, chegou a disputar o segundo turno contra o atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide.
A assessoria do deputado Yglésio Moyses enviou nota de esclarecimento sobre o assunto à nossa equipe. Confira abaixo:
Por meio desta, o deputado Yglésio Moyses, o mais atuante da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, conforme constatou este jornal, vem restabelecer a verdade dos fatos. Em momento algum, o parlamentar ofendeu a atual presidente do Procon, as assessoras do outro deputado e muito menos a deputada estadual Cleide Coutinho que, com a qual, o deputado nutre respeito e carinho.
O deputado, de fato, durante seu pronunciamento, em meio às discussões acerca do ICMS, fez questionamentos quanto às ações do órgão em relação à fiscalização nos postos de combustíveis, pois é dever do parlamento questionar as ações do Estado.
A versão de que o deputado Yglésio invadiu o outro gabinete é uma informação que se sustenta, somente, no gabinete e na mente do deputado consumerista, não fazendo parte da realidade em que vivemos. O deputado Yglésio o procurou para chamá-lo para continuar a conversa em seu gabinete.
É importante lembrar, inclusive, que a matéria em questão mostrou desequilíbrio ao narrar os fatos, onde não ouviu o deputado Yglésio e nem a direção da Casa do Povo, já que o parlamentar não fora retirado por seguranças, como afirma com veemência o jornal.
O deputado Yglésio Moyses, de fato, foi agredido verbalmente pelo outro parlamentar e, por conta disso, está ingressando no Conselho de Ética contra ele para que o parlamento seja respeitado. O mandato do Yglésio Moyses é baseado na verdade e é com base nela que se sustentam todas as nossas atividades, dentro e fora da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão.
A assessoria do deputado Duarte Jr. também enviou uma nota de repúdio para a equipe do O Imparcial. Leia na íntegra abaixo:
NOTA DE REPÚDIO
Manifesto publicamente o meu repúdio pelos atos do deputado Yglésio Moyses, que, durante sessão na Assembleia Legislativa do Maranhão, no dia 24 de fevereiro de 2021, desrespeitou a deputada Cleide Coutinho, enquanto presidia a mesa da Casa, ofendeu a minha esposa, Karen Barros, com discurso machista, e ameaçou duas de minhas assessoras, quando, durante minha ausência, invadiu meu gabinete.
Por isso, estou instaurando contra o parlamentar processo cívil, criminal e no Conselho de Ética, de modo que a Justiça e o Parlamento possam adotar os procedimentos cabíveis.
Reitero o meu compromisso com a verdade, com o interesse público, com o respeito à honra e à dignidade humana e o meu combate, por meios legais, a todo ato de preconceito, discriminação e de misoginia.
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*Atualizado em 25/02/2121, às 22h.