Candidatos contam qual será a sua primeira medida ao ser eleito
Durante 20 semanas O imparcial realizou questionamentos sobre os mais variados temas direcionados aos candidatos a prefeito
O Imparcial encerra nesta edição a série a “Pergunta é…” com um último questionamento aos 10 candidatos à prefeitura da capital maranhense nas eleições de 2020: “Caso o senhor seja eleito prefeito de São Luís, qual será o seu primeiro ato administrativo que marcará o início de sua gestão para os próximos quatros anos?”
Durante 20 semanas O imparcial realizou questionamentos sobre os mais variados temas direcionados aos candidatos a prefeito. A intenção era que o eleitor pudesse ter uma visão sobre o que pensa o próximo prefeito que assumirá o executivo municipal.
O Imparcial agradece a todos por terem contribuído com este projeto jornalístico que teve como objetivo principal contribuir com o processo eleitoral e com o Estado Democrático de Direito no Brasil, consagrando em seu art. 1º Constituição Federal de 1988, que tem princípios fundamentais como soberania, cidadania, dignidade à pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
Denominando dessa forma o princípio democrático, ao afirmar que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Bira do Pindaré (PSB)
Como prefeito de São Luís, nosso primeiro ato será a convocação do 1° Congresso da Cidade, com ampla participação popular, para decidir sobre dois temas fundamentais: o Plano Diretor e o Plano Plurianual. Algo inédito e que, certamente, enriquecerá a democracia participativa da capital de todos os maranhenses. No Plano Diretor, lei mais importante da cidade, vamos revisar e preservar a zona rural, garantir a proteção dos recursos naturais. Já o Plano Plurianual, instrumento que orienta a política para os próximos quatro anos, vamos eleger as prioridades. A democracia participativa é saudável para a cidade, para quem vive na cidade, e também para quem a governa.
Outra preocupação é enfrentar os impactos da pandemia. Precisamos organizar as unidades básicas de saúde para que funcionem plenamente. Saúde Digna é atender as pessoas com qualidade. Vejo candidatos propondo soluções mirabolantes como Clínica da Família e Ônibus da Saúde, por exemplo. Mas o que precisamos de fato é fazer funcionar o que já existe! Outra missão importante é colocar o calendário das escolar em dia. Faremos isso sem imposições, com construção coletiva e enfrentando juntos e juntas essa situação atípica que estamos vivendo. Para isso, vamos convocar a comunidade escolar para decidir como recuperamos. Portanto, estamos prontos para mudar essa realidade e vencer os desafios, para fazer de São Luís a capital que todos nós queremos e merecemos. Uma cidade mais humana, mais bela e mais justa, com paridade, com políticas antirracistas e com respeito a todas as pessoas e a diversidade. Eu sou o Bira, nossa vice é a Letícia e nosso número é 40!
Eduardo Braide (PODEMOS)
Vamos trabalhar para melhorar a vida de quem nasceu e quem escolheu viver em São Luís desde o primeiro dia do nosso governo. Com todas as informações sobre a situação financeira do Município, vamos trabalhar para colocar em pleno funcionamento os serviços municipais que já existem. Vamos priorizar os serviços de saúde, para que as pessoas tenham mais facilidade de acesso a consultas e exames. Vamos reformar as escolas para oferecer condições dignas aos nossos alunos e profissionais da educação, colocando em prática todos os compromissos que estão em nosso plano de governo. Vamos melhorar o transporte coletivo, cobrando das empresas mais qualidade, conforto e segurança para a população. Enfim, vamos honrar todos os compromissos do nosso plano de governo a partir de 1º de janeiro de 2021. Porque São Luís tem pressa e a confiança depositada em nosso trabalho, em nosso nome, nós vamos retribuir com muito trabalho. São Luís vai ser uma cidade inteligente, sustentável e humana. Vai ser uma cidade de oportunidades! Por aqueles que acreditam ser possível e querem uma cidade inteligente, sustentável e humana.
Duarte Júnior (REPUBLICANOS)
Logo nos primeiros dias na prefeitura, vamos colocar em prática o que definimos como prioridade, que é zerar as filas de espera por consultas e exames. Se precisar, adotaremos convênio com clínicas particulares, da mesma forma que já acontece no governo Flávio Dino desde o início da pandemia. Ao mesmo tempo, vamos fortalecer o SUS, pois um não vai substituir o outro, mas complementar, em caso de a rede privada não conseguir suprir toda a demanda. O que não permitiremos é que as pessoas sofram e corram risco de morte aguardando por um simples atendimento. Simples e que salva vidas. À frente do VIVA Cidadão, encontrei apenas cinco unidades que mal funcionavam. Quando deixei o cargo, já eram 50, com mais serviços, melhor atendimento, horários estendidos até a noite, funcionamento aos fins de semana, com unidades em shoppings, em todas as regiões do estado e ainda diminuímos 42% dos gastos públicos. Se após assumir o cargo eu dissesse que teria todos esses resultados, provavelmente ninguém acreditaria. No entanto, houve críticas por eu ter sido escolhido pelo governador Flávio Dino, pois, à época, eu era desconhecido e sem origem na política. E é essa mesma expertise de gestão que levaremos para a prefeitura, sobretudo, para a área da saúde, cortando gastos, revisando contratos, cobrando bancos e universidades particulares que devem à prefeitura, diminuindo, por exemplo, despesas da comunicação. Vamos ainda implantar o Auxílio Municipal, que é uma ajuda financeira temporária para famílias em situação de vulnerabilidade. O intuito é amenizar os impactos causados pela pandemia.
Franklin Douglas(PSOL)
O primeiro ato do governo do PSOL-PCB-UP será instituir o PLANO 50 MIL EMPREGOS, sob coordenação do Gabinete do Prefeito, da Secretaria Municipal do Trabalho e da Secretaria de Planejamento. No Plano 50 mil empregos, criaremos, imediatamente, cinco Frentes de Trabalho Emergenciais nas cinco Subprefeituras que viabilizaremos nas áreas Itaqui-Bacanga; da Cohab até Cidade Olímpica; do São Francisco ao Angelim; da Cohama até o Turu-Vila Luizão; e na Zona Rural. Com ele, vamos contratar a mão de obra desempregada dos bairros (como pedreiros, encanadores, pintores, eletricistas, etc.) para reformar as 266 escolas municipais que estão sem condições de aula, construir os 100 campos de futebol nos bairros, junto com a escolinhas de futebol neles, sob gestão da comunidade, e melhorar a infraestrutura dos bairros (ruas, calçadas, etc.). Nele, ainda, implantaremos o programa municipal de estágio e de trainees da Prefeitura, para dar trabalho aos universitários e aos recém-formados. E, também nesse Plano, convocaremos concurso público para a área da saúde, que há 12 anos não tem em São Luís. Enfim, o primeiro ato de governo será sinalizar para as mais de 120 mil pessoas que estão desempregadas em nossa cidade.
Jeisael Marx (REDE)
Até o fechamento desta edição o candidato não havia respondido ao questionamento
Neto Evangelista(DEM)
Nossa primeira medida será a reorganização administrativa e orçamentária da Prefeitura de São Luís, de modo a podermos enfrentar as dificuldades previstas para 2021. Tudo indica que em 2021 não haverá complementação do governo federal para recompor a arrecadação dos municípios comprometida pela crise gerada pela pandemia, como ocorreu neste ano, por conta da Lei Complementar nº 173/2020. Neste ano, até meados de outubro, São Luís recebeu R$ 133 milhões a título de complementação, o que corresponde a um mês de despesas com a folha de pagamento do funcionalismo. Sem essa ajuda em 2021, a Prefeitura terá que fazer um grande esforço para manter tudo funcionando.
Vamos analisar o que está dando certo na atual gestão, para assegurar a manutenção das conquistas, e montar um plano de voo para que a Prefeitura seja parceira da população nos momentos difíceis que virão. Avaliando os cenários e projeções sobre os impactos da pandemia na arrecadação do município, poderemos aplicar com eficiência o dinheiro público e manter os serviços básicos ao cidadão. É fundamental manter o equilíbrio das contas do município para aproximar a Prefeitura das pessoas e dar respostas positivas para o cidadão na educação e na saúde, entre outras áreas de governo.
Rubens Júnior(PCDOB)
Desde o período de pré-campanha, nos comprometemos a priorizar no início da nossa futura gestão à frente da prefeitura, quatro eixos estruturantes, focando nas necessidades de quem mais precisa. Assim, nosso primeiro Ato será a implantação das ações nas áreas de Superação da Pobreza, Primeira Infância, Desenvolvimento Sustentável e Inovação. Como a pandemia do Novo Coronavírus exige atenção redobrada, também, implantamos ações para o enfrentamento às consequências causadas pelo vírus. Para combater a pobreza, com a implantação de programa emergencial de retomada de empregos, com Programa Juros Zero São Luís, que garantirá o estímulo à retomada de negócios dos pequenos empreendedores, o Programa Meu Emprego de Volta, com capacitação, almoço e transporte gratuitos para quem busca uma colocação, além de estímulo para novas contratações. Para garantir o desenvolvimento Sustentável, vamos atuar imediatamente para rever o contrato com a CAEMA, levando em consideração o novo marco do Saneamento Básico, atuando fortemente para melhorar o abastecimento de água e a retomada da balneabilidade das praias. Também será nossa prioridade, a atualização das leis urbanísticas da cidade, regulando os instrumentos do Estatuto da Cidade, orientando o desenvolvimento territorial democrático.
Na Primeira Infância, vamos lançar as políticas de saúde, educação e segurança alimentar, priorizando espaços de creches 24 horas para acolher as famílias cujas mães trabalhem em horários. Já no combate à pandemia, vamos dialogar democraticamente com toda a comunidade da rede de educação municipal para o estabelecimento de estratégias de retorno às aulas, com requalificação das unidades educacionais, levando em conta as adaptações sanitárias e de distanciamento social. Vamos ofertar treinamento para oferta de aulas remotas , equipar professores e alunos aulas à distância implantar comitês sanitários e monitorar a comunidade escolar, com aplicação de testes para os grupos de risco. As consequências da pandemia também de nós um esforço para implantar um Programa de Inovação que garanta serviços mais dinâmicos e modernos à população, além da garantia de instrumentos de tecnologia sobretudo nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana e segurança pública.
Silvio Antonio (PRTB)
Uma FORÇA tarefa com uma equipe técnica da secretaria da educação para discutir a volta as aulas, conversando com os professores e encontrando as soluções de como faremos, se presencial ou semipresencial com as medidas sanitárias para alunos e professores. Essa será a primeira medida Urgente
Hertz Dias (PSTU)
O primeiro ato do PSTU na Prefeitura de São Luís será organizar os Conselhos Populares que serão os órgãos responsáveis por discutir o orçamento e as políticas para a cidade. Além disso, iremos instaurar uma comissão para realizar a auditagem da dívida pública do munícipio que drena boa parte dos recursos públicos de São Luís e cobrar os maiores devedores do município.
Yglésio Moysés (PROS)
São Luís, o Maranhão e o mundo estão enfrentando desafios com a crise econômica aprofundada com a pandemia do Novo Coronavírus e a consequente diminuição na arrecadação municipal ano que vem. Uma das nossas primeiras medidas, a partir de 2021, como prefeito eleito, será de reorganizar a máquina administrativa, com prioridade para a volta às aulas com a pandemia, a atenção à rede de saúde e a redução dos cargos da Secretaria Municipal de Governo (Segov). Vamos precisar preparar à volta às aulas, cumprindo todos os protocolos de segurança sanitária dos órgãos de Saúde, como o distanciamento das carteiras escolares, a oferta de máscaras com troca a cada quatro horas para o corpo docente e discente, o mapeamento sorológico das nossas crianças e a garantia na complementação da carga horária com o ensino híbrido, já que as escolas terão que diminuir em uma hora as aulas. A Segov precisa ter pessoas técnicas e que realmente possam exercer a função de assessorar o prefeito em suas diversas atribuições. Hoje, a prefeitura tem 2.171 cargos comissionados e 6.200 de serviços prestados, dos quais 220 na Segov que nem tem sede física. Vamos cortar pelo menos 70% do orçamento da pasta, que tem um custo anual de R$ 72 milhões, o que dará pra economizar R$ 50 milhões por ano, perfazendo um total de R$ 200 milhões de reais nos quatro anos para investir na continuidade, por exemplo, do São Luís em Obras, em áreas de maior vulnerabilidade e com problemas de saneamento básico. Na saúde, vamos adotar medidas emergenciais para mudar a cara no atendimento e na condução do combate a Covid-19, em diálogo com os governos.