“Qual a sua política voltada para o trânsito da capital maranhense?
Os coletivos são o único meio de transporte de massa da capital por meio do Sistema Integrado de Transporte que possui atualmente 168 linhas de ônibus
Estamos em plena Semana Nacional de Trânsito. E estima-se que cerca de 700 mil pessoas utilizem diariamente o transporte público no município de São Luís. Os coletivos são o único meio de transporte de massa da capital por meio do Sistema Integrado de Transporte que possui atualmente 168 linhas de ônibus, onde operam 912 veículos. Além disso, a frota de carros de passeio já ultrapassou mais de 300 mil na capital, segundo dados do Departamento Trânsito do Maranhão. Por conta do grande número de veículos circulando na cidade e da sinalização precária em alguns pontos da ilha, os engarrafamentos tornaram-se uma constante. Com base nesta situação, o questionamento da série “A pergunta é…” desta semana é: “Caso o senhor seja eleito prefeito de São Luís, qual a sua política voltada para o trânsito da capital maranhense? Veja como o seu candidato respondeu a esse questionamento.
Adriano Sarney (PV)
Até o fechamento desta edição não recebemos a resposta.
Bira do Pindaré (PSB)
A solução para a questão do trânsito na capital passa pelas políticas de mobilidade humana, com um transporte público seguro, sustentável, acessível e de boa qualidade. Como principais propostas, o passe livre para estudantes e desempregados, bilhete único ilimitado, ampliar a multimodalidade com 100km de novas ciclovias com acessibilidade, além de linhas que integrem a cidade, modernização do transporte público com corredores exclusivos para ônibus e a implantação do sistema de ônibus elétrico.
Eduardo Braide (PODEMOS)
A partir de janeiro de 2021, vamos trabalhar para tornar o transporte coletivo de passageiros e a mobilidade urbana em São Luís mais rápido, confortável e seguro. Com essa prioridade, incluímos uma série de compromissos em nosso plano de governo, como:
- ampliar a frota e melhorar a qualidade do transporte coletivo;
- construir, modernizar e reformar paradas de ônibus;
- construir três novos terminais de integração: na área Itaqui-Bacanga, na Cidade Olímpica/Cidade Operária e na Região do Sol e Mar, Divinéia e Luizão;
- melhorar, modernizar e ampliar os investimentos em calçadas, vias, parques e áreas exclusivas para pedestres, incluindo sinalização e acessibilidade;
- construir ciclovias e implantar ciclofaixas, interligando-as a outros modais de transporte;
- promover a integração viária com a Região Metropolitana;
- valorizar e fortalecer o trabalho dos Agentes de Trânsito;
- implementar soluções de Engenharia de Tráfego e Operações, a fim de promover a segurança e fluidez no trânsito;
- aperfeiçoar serviços com investimentos em informação e tecnologia, incluindo o uso de aplicativos e redes colaborativas, qualificando a informação para o cidadão sobre acessibilidade ao transporte público e serviços, para consolidação de uma Smart City;
- Implantar passarelas na cidade;
- Ampliar a interligação entre os bairros;
- Implantar sinalizações verticais e horizontais (semáforos, faixas de pedestres, etc.) nos bairros, visando melhorar o trânsito, diminuindo o número de acidentes.
Duarte Júnior (REPUBLICANOS)
Mais do que propostas, temos ações já realizadas pela mobilidade urbana. Recentemente, por meio de parceria com a iniciativa privada e por uma indicação feita à Prefeitura de São Luís, implantamos a primeira ciclofaixa da história da nossa capital. Mas precisamos avançar muito mais. Em nossa gestão, à frente da Prefeitura, nós vamos implantar o projeto “Pedala, São Luís” para interligar todas as regiões da cidade por meio de ciclovias ou ciclofaixas. Vamos também criar mais faixas exclusivas de ônibus nas avenidas. Atualmente, temos apenas um pouco mais de 10 km, dez vezes menos do que há em Fortaleza, por exemplo. Também vamos instalar semáforos com temporizador e acionamento de pedestre, entre outras iniciativas, como: Priorizar a repavimentação das vias em que transitem ônibus e pavimentar aquelas que sequer existem, sempre com qualidade. Tornar eficiente e atrativa a concessão para mais linhas de ônibus. Realizar estudo técnico para reprogramação de todas as linhas já existentes, pois há linhas subutilizadas e outras sobrecarregadas, que possibilitará baratear o sistema e melhorar o serviço para o consumidor. Separar as atribuições da SMTT, criando a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Será uma empresa de economia mista, vinculada à Prefeitura de São Luís, responsável pelo gerenciamento, operação e fiscalização do sistema viário da cidade. E vamos transformar a SMTT em SMMT – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, com atribuição para gerir e planejar as políticas municipais de mobilidade urbana. E, assim como fizemos no Procon, onde apreendemos todos os ônibus com mais de 15 anos em circulação e renovamos a frota. Na prefeitura, vamos promover a constante melhoria da qualidade da frota e a modernização do serviço.
Franklin Douglas (PSOL)
Dar transparência à planilha dos custos do transporte de São Luís é o pressuposto básico. Dados que o prefeito Edvaldo Holanda Júnior nunca tornou públicos! No Orçamento 2020 da Prefeitura de São Luís, tem-se mais de R$ 23 milhões para o fundo especial municipal de transporte. A gestão atual sequer consegue pintar faixas de ruas ou manter semáforos funcionando! Vamos garantir o funcionamento dessas mínimas ações. Vamos propor a criação de uma nova malha viária para a cidade, integrando vias locais para desafogar as vias troncais. Não repetiremos a experiência do BRT que liga o Alphaville ao Calhau. Proporemos a Criação de Novo Corredor exclusiva de ônibus interligando Maiobão-Forquilha-Anil-João Paulo-Anel Viário.
José Carlos Madeira (SOLIDARIEDADE)
Ao iniciarmos o mandato, vamos agir com planejamento e eficiência nas questões de trânsito e transporte em São Luís. Nossa cidade, com mais de um milhão de habitantes, enfrenta problemas que precisam ser mitigados a curto e médio prazos. Vamos investir na abertura de novas avenidas interbairros, abrindo linhas de transporte próprias para essas áreas com tarifas mais acessíveis, garantindo mais eficiência ao serviço. Isso vai ajudar a retirar das grandes avenidas uma boa quantidade de ônibus e carros de passeio, o que reduziria significativamente os engarrafamentos. É preciso reavaliar também o sistema de concessão em vigor, viabilizado por licitação pública, e o modelo de distribuição de linhas por empresa/consórcio. O trânsito da nossa capital precisa passar urgentemente por um trabalho minucioso de reengenharia, para corrigir os gargalos e facilitar a vida de motoristas e usuários de transporte público. O trânsito nas grandes cidades afeta diretamente no cotidiano de quem vai para o trabalho, para escolas e universidades. Afeta o humor, o emocional. Afeta a vida das pessoas. Por isso, precisa de uma atenção especial. E é isso que vou fazer como prefeito de São Luís a partir de janeiro de 2021: cuidar da cidade, cuidar das pessoas!
Jeisael Marx (REDE)
Até o fechamento desta edição não recebemos a resposta.
Neta Evangelista (DEM)
“Nossa gestão adotará diversas medidas para melhorar o trânsito de São Luís, priorizando o transporte coletivo, a fluidez da circulação do transporte individual e de carga e a segurança de ciclistas e pedestres. Vamos implantar o programa Visão Zero Acidentes, com objetivo de reduzir o número de acidentes na cidade, aumentando a segurança de todos que usam as vias públicas da cidade. Além disso, modernizaremos o trânsito da cidade, por meio de medidas como a implantação de semáforos inteligentes; reorganização do trânsito da cidade a partir de análises de caixa viária e contagem veicular; ampliação de faixas de rolamento; implantação de ligações bairro a bairro; construção de viaduto na Viaduto na BR-135, para acesso ao aeroporto; e intervenções na Ponte do Caratatiua (Governador Newton Rodrigues), entre outras intervenções viárias para melhorar o tráfego de veículos. Logo nos 100 primeiros dias da administração, vamos recuperar a sinalização horizontal das principais avenidas da cidade, que é muito precária; e implantar faixas e passarelas para pedestres, principalmente nas vias de maior movimentação. E iremos recuperar e conectar a rede atual de faixas e ciclofaixas para bicicletas, integrando áreas e bairros da cidade, além de ampliar a rede. Reduzir a complexidade e ineficiência do sistema de transporte público é um dos maiores desafios da gestão e, para tanto, vamos melhorar a integração das linhas; estabelecer uma visão metropolitana para o sistema; implantar medidas para reduzir o tempo de espera e das viagens para os passageiros, com a implantação de faixas exclusivas para ônibus; melhorar os pontos de embarque e desembarque; garantir a renovação da frota; e modernizar e conservar os terminais de integração. E, não menos importante, vamos implantar o programa Calçadas da Gente, criando incentivos para que o ludovicense melhore e conserve as calçadas da cidade.”
Rubens Júnior (PCDOB)
Uma das melhores maneiras de garantir a melhoria no fluxo do trânsito é apoiar as intervenções viárias que promovam a melhoria da mobilidade, com a implementação de projetos de pavimentação e infraestrutura para o transporte coletivo. Para isso, vamos acionar financiamentos já disponíveis junto ao Governo Federal, que possam, por exemplo, garantir a redução da do tempo de viagem nos Sistema de transporte, a melhoria dos ônibus, atraindo para dentro do sistema usuários que hoje utilizam transporte particular para deslocamento. No nosso Plano de Governo, propomos melhoria de todas as vias, com instalação de piso asfáltico de onde circulam os ônibus, inclusive dentro dos bairros. Também propomos a ampliação dos modais de transporte. Vamos construir 15 km de ciclovias para integrar os 31 km já existentes aos campus universitários da UFMA e UEMA e aos Terminais de Integração da Praia Grande e São Cristóvão. A rede conectará o Parque do Itapiracó, a Avenida São Luís Rei de França, a Nova Litorânea, chegando ao Centro da Cidade e interligando as ciclovias existentes na Avenida Quarto Centenário e a Avenida dos Africanos, além de Instalar bicicletários nos 5 terminais de ônibus da cidade. Vamos implantar um programa de segurança cicloviária para pessoas que usam a bicicleta diariamente como meio de transporte para trabalho e estudos, sobretudo aquelas em situação de vulnerabilidade social, associado à expansão das ciclovias e ciclofaixas em parceria com organizações sociais, escolas, universidades e empregadores, estimulando a organização coletiva dos ciclistas trabalhadores e estudantes. Também pretendemos criar o Programa Via Segura, programa para intervir com sinalização e readequação viária nos locais com maior número de acidentes, ampliando a presença da Guarda Municipal e dos Agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e promovendo a redução do número de acidentes de trânsito e atropelamentos.
Silvio Antonio
Até o fechamento desta edição não recebemos a resposta.
Hertz Dias (PSTU)
Uma política de trânsito voltada para os trabalhadores tem que priorizar o transporte coletivo urbano. Porém, a forma como os governos tratam o problema leva as pessoas a priorizar a modalidade do transporte individual sobre o coletivo. Sem dúvida, por trás disso também estão os interesses de poderosos grupos econômicos mundiais como o da indústria automobilística e do petróleo e no campo local, os interesses dos empresários de transporte que acabam sendo colocados acima dos interesses da maioria da população da cidade. As consequências nefastas dessa política saltam às vistas: aumento da frota de carros em circulação; um trânsito cada vez congestionado e poluidor; um crescente gasto público em obras viárias de todo tipo; um transporte coletivo totalmente insuficiente e caro para a população; contrato de concessões que favorecem determinadas empresas de ônibus cujo único objetivo é o lucro fácil e rápido e não a qualidade do serviço prestado a população. A criação de um Conselho Popular de Transporte ajudaria a mudar a realidade de forma a permitir que a maioria da população possa ter acesso a um transporte público coletivo de ampla abrangência, não poluente e barato. Neste conselho seriam discutidas propostas no sentido de um plano emergencial para melhorar a mobilidade urbana na ilha:
* Fazer uma auditoria nas planilhas de custo das atuais empresas de transporte contratadas pelo município
* Fixar os horários dos ônibus e das linhas em número suficiente.
* Reduzir o preço da passagem de ônibus.
* Garantir o passe-livre para estudantes, desempregados e idosos.
* Cobrar dos governos federal e estadual as obras de manutenção e iluminação nas vias de suas responsabilidades, que sejam necessárias à segurança da população.
* Construir ciclovias que garante a segurança da população usuária desta modalidade de transporte.Plano de implantação de um Sistema Municipal de Transporte Público
* Priorizar o transporte público coletivo, criando um sistema de transporte de veículos leves sobre trilhos.
* Municipalizar o transporte público, com a criação da Empresa Municipal de Transportes, que vai absorver os atuais empregados do transporte, garantindo salários e direitos, o emprego dos cobradores e prestar um bom atendimento à população, com transporte de qualidade, ágil, eficiente e, principalmente, barato.
* Propor às demais prefeituras da região a interligação regional do transporte público,por via da Região Metropolitana.
* Criação do Conselho Municipal Popular de Transportes, integrado pelos trabalhadores do transporte e pelos usuários.
Yglésio Moysés (PROS)
Nossa ideia de cidade é uma São Luís com Mobilidade Urbana sustentável. Nós temos que encarar o direito das pessoas à cidade com seriedade e o trânsito faz parte dessa perspectiva. Depois de ouvir as pessoas e especialistas, nós detalhamos o que pensamos para o trânsito em nosso Plano de Governo. Entre nossas propostas, temos que estimular a participação do modal cicloviário na mobilidade urbana; reestruturar o transporte coletivo municipal, subsidiando parte da tarifa; e, principalmente, cumprir a Lei Federal nº 13.146 de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que garante à pessoa com deficiência, ou com mobilidade reduzida, o direito ao transporte e à sua locomoção na cidade. Além disso, promover facilidades para turistas e usuários de transporte por aplicativos. É importante destacar que o espaço urbano é limitado. Por isso, temos que estimular o transporte coletivo e não motorizados. A título de curiosidade, a cada R$ 1 investido no transporte coletivo, o governo investe R$ 12 em incentivo para carro e moto. Essa lógica precisa ser melhor equalizada. Os ônibus que servem à população ludovicense ainda não são suficientes para atender a demanda crescente, prejudicando especialmente quem habita as regiões periféricas de São Luís, onde 44% das pessoas levam em torno de 30 minutos a duas horas para o deslocamento de suas residências, quer seja para o trabalho ou para onde estudam, o que é terrível. Convido os leitores do jornal O Imparcial a acessarem o site www.yglesio.com.br/planodegoverno e conhecer em detalhes o que pensamos sobre o trânsito, sobre a mobilidade.