A PERGUNTA É...

“Qual a sua política de saúde para São Luís?”

“A pergunta é…” desta semana, direcionada aos candidatos a prefeito da capital maranhense em relação a saúde

Reprodução

Jeisael Marx (REDE)

“O poderoso SUS está organizado basica­mente em três níveis de complexidade de pro­cedimentos: atenção básica (exclusividade dos municípios), média e alta complexidade. São Luís está organizada muito precariamente na atenção básica, onde o índice de cobertura che­ga a pouco mais de 30%. Temos, por exemplo, menos da metade do que deveríamos de Equi­pes de Saúde da Família instaladas. Muito ainda por falta de estrutura física, como um simples posto de saúde. É verdade que atravessamos uma crise fiscal, mas nessa rubrica muito re­curso de emendas parlamentares, sejam elas federais ou estaduais, podem e devem ser des­tinadas aos municípios, e por coincidência, a grande maioria dos postulantes ao cargo de prefeito de São Luís nessa eleição são parla­mentares que, pelo jeito, pouco ou quase nada aportaram para o reforço dessa importante e reconhecidamente eficiente saúde preventiva, da qual eles mesmos falam agora, mas, como se vê, pouco fizeram quando tiveram oportu­nidades.

Se quisessem poderiam ter feito. Ca­minhando para a média e a alta complexidade, nos deparamos com os conhecidos “Socorrões“, sempre lotados e, certamente, mal administra­dos. Temos como meta ampliar a atenção bási­ca como forma de incremento à saúde preven­tiva, pois à medida que ampliamos a atenção básica, temos uma população mais saudável e fica muito mais barato cuidar do sistema de saúde como todo. Queremos cuidar das pes­soas com medidas preventivas, mas também garantir com eficiência o nosso pronto aten­dimento.

Para alem de investimento na infra­estrutura das UBS, postos de saúde etc, nosso plano de governo contempla as ações de saú­de dentro dos critérios das redes estabelecidas pelo Sistema Único de Saúde que contemplam a saúde mental, urgência e emergência, atenção básica, doenças crônicas, dentre outras. Res­peitando essas redes, vamos diminuir o tempo entre a marcação de consultas, realização de exames, prognóstico, diagnóstico e tratamento, que avalio com uma das maiores dificuldades da população no acesso às políticas de saú­de no município. Vamos organizar a marcação de procedimentos da Cemarc via aplicativo, com confirmação de comparecimento a con­sultas e exames e fila de substituição imediata em caso de não confirmação, para acabar com desperdício de recursos humanos e materiais.

Hoje, quase metade dos agendamentos não são cumpridos por falta desse tipo de controle. Serão implantadas ferramentas de gestão para a organização de metas e métodos nos hospi­tais, criando uma grande estrutura de leitos de retaguarda, deixando dependências de UTI e Semi UTI’s destinadas às suas funções especí­ficas. Para reduzir o fluxo de pessoas de outros municípios nos serviços de saúde da capital vamos dialogar com o estado para melhorar ou unificar a regulação de atendimentos nas demais cidades fazendo cumprir o que deter­mina o SUS como competência. Acreditamos que com organização e boa gestão podemos colocar o sistema de saúde do município para funcionar com mais eficiência dentro dos re­cursos disponíveis”.

Neto Evangelista (DEM)

Foto: Divulgação

“São Luís tem uma realidade muito desa­fiadora para a população mais vulnerável que depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir seus direitos. Entre as capitais brasi­leiras, temos a segunda menor cobertura de Atenção Básica, maior apenas que a de Belém. Além disso, sob responsabilidade municipal, está a administração de hospitais que atendem não apenas à população ludovicense, e repre­sentam alto investimento de nossa Prefeitura para manutenção de seus serviços, que ainda assim, estão muito aquém do desejável. Dian­te deste quadro, nossa política de saúde estará fundamentada na oferta de atenção e cuida­dos de promoção, proteção e recuperação da saúde e qualidade de vida da população. Para fazer acontecer e superar o desafio de oferecer saúde de qualidade ao ludovicense que mais precisa nossas prioridades serão:

1. Ampliar e qualificar a cobertura de Aten­ção Básica para oferecer agilidade e resoluti­vidade no atendimento.

2. Melhorar o atendimento de média com­plexidade, com foco especial para a atenção às pessoas com doenças crônicas, tais como: diabetes, hipertensão, asma, HIV, leishmanio­se e tuberculose;

3. Implantar novos métodos de gestão, ino­vação tecnológica, e buscar parcerias no âmbi­to federal, estadual e intermunicipal para am­pliar os recursos e reestruturar a assistência dos quatro hospitais do município;

4. Promover a articulação de ações de as­sistência e promoção de saúde, com uma atu­ação intersetorial que possa intervir, conjunta­mente, nos determinantes sociais do processo saúde-doença;

5. Promover a valorização dos profissionais da saúde;

6. Estimular e garantir o controle social e a gestão participativa nas políticas públicas de saúde.”

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