Pré-candidatos mostram sua plataforma para melhorar o meio ambiente da capital
Nos últimos anos a cidade tem sido bastante procurada por turistas do mundo todo, de diversas idades, gostos e estilos que querem conhecer as belezas naturais de São Luís
Jeisael Marx (REDE)
“É preciso compreender que nenhum projeto ambiental isoladamente poderá cumprir o seu papel de preservar os biomas do planeta. Nosso projeto para a cidade considera essa premissa básica da Rede Sustentabilidade, que trata a área ambiental com muita seriedade. Um dos pilares da nossa proposta como partido é o desenvolvimento sustentável da sociedade. E, por vezes, as pessoas sentem que esta questão é muito distante das suas vidas, como se a preservação fosse apenas manter intocados espaços ainda não degradados pela ação humana.
Mas, no caso de uma cidade que cresceu de maneira desordenada, a garantia de um sistema sustentável, em especial, com saneamento básico, significa uma grande economia, por exemplo, na área de saúde pública. E aqui temos com clareza dois vieses de sustentabilidade: ambiental e financeira. Ambas, com impacto direto na vida do cidadão. Não há solução ambiental para São Luís que não passe pelo Plano Diretor e Plano Municipal de Saneamento.
Resolver o saneamento básico se faz necessário de forma urgente, com especial atenção ao esgotamento sanitário, considerado vilão nas bacias e aquíferos superficiais muito presentes em nossa cidade, a exemplo dos Rios Claro, Pimenta. São Luís está dividida topograficamente em algumas Bacias, como a Bacia do Vinhais, compreendendo não só o conjunto, mas uma região, incluídos aí Cohama, Ipase, Cohafuma, Renascença. Bacia à direita e à esquerda do Rio Bacanga, que compreende a Área Itaqui/Bacanga como também toda área dos Bairros Coroadinho, Coroado, Bairro de Fátima, Areinha, Kenedy. Bacia do Jeniparana, que compreende toda região da Cohab, Cidade Operária e seu entorno. Assim, nossa proposta é a revisão urgente do Plano de Saneamento dentro da atual quadra de mudança do Plano Diretor. Com o Marco do Saneamento, temos prazo para licitar o abastecimento de água e esgoto, e uma das prioridades para quem gerir o serviço é garantir, de fato, uma rede abrangente de tratamento de esgoto com metas e garantias muito bem definidas no contrato. Também temos um problema crônico de terrenos baldios que acabam virando lixões e causam problema para a saúde pública.
Em sua maioria, são terrenos privados, e a prefeitura acaba se eximindo do problema. Esses imóveis precisam ter função social, e podem se transformar em hortas comunitárias, a exemplo do que já acontece em várias cidades do Brasil, como Campo Grande, Taubaté e São Paulo, com cessão não onerosa ao município, sem desapropriação. Você resolve vários problemas com esta iniciativa: mantém a limpeza e segurança da área, dá ocupação para pessoas da comunidade, produz alimento, que vai servir como merenda em escolas comunitárias ou para famílias carentes, por exemplo. Há iniciativas que pretendemos implantar, com simplicidade, porém resolutivas a curto prazo. Outras, demandam prazos mais extensos, como estratégias de arborização, infraestrutura verde como instrumento de política ambiental e de resolução de problemas como deslizamentos em épocas de chuvas etc. Vamos trabalhar a educação ambiental nas escolas desde a educação infantil, contextualizada com a realidade de cada bairro e da cidade.
Melhorar a coleta de lixo, especialmente a seletiva residencial; trabalhar na preservação das nascentes de rios com as próprias populações que estão às margens; estimular os quintais produtivos; tratar com as grandes empresas que estão aqui na nossa Ilha para ampliar parcerias estimulando um modo de produção que não comprometa as gerações futuras. Falar de meio ambiente é ter uma visão holística, que perpassa por várias áreas e ações, com iniciativas em diversas frentes, algumas mais simples, outras mais complexas. É preciso agir de forma colaborativa e participativa, num tripé poder público inciativa privada e sociedade civil”.
Neto Evangelista (DEM)
“A agenda ambiental é central na vida das sociedades neste século. E São Luís alia atributos muito especiais pelo patrimônio cultural, histórico e riqueza ambiental que possui. Raríssimos lugares no Brasil e no mundo têm a diversidade e as potencialidades de nossa capital. Para fazer acontecer na área ambiental precisaremos atuar em várias frentes:
a. educação ambiental e comunitária, como prática transversal das ações da nossa rede municipal de ensino;
b. zoneamento, para construir um modelo de governança municipal fundamentado nos conceitos de desenvolvimento sustentável e resiliência;
c. e, mais importante ainda, saneamento.
E a questão do saneamento será a prioridade da agenda ambiental. Para melhorar os indicadores de saúde, criar empregos, gerar renda, estimular a construção civil e fortalecer o turismo, nenhuma outra agenda ambiental é mais efetiva. Praias próprias para banho, corpos d’água preservados, abastecimento regular e coleta e tratamento de esgoto, além das questões dos resíduos e da drenagem, terão atenção especial, o que exigirá um diálogo construtivo e efetivo com todos os setores da sociedade. O ludovicense quer ver sua cidade acontecer e políticas corretas, sustentáveis e focadas na área ambiental são passo importantíssimo para tornar realidade uma São Luís à altura de nossas maiores riquezas”.