A PERGUNTA É...

“Quais os pontos do seu projeto para melhoria da modalidade urbana?”

A pergunta desta sema­na de O Imparcial para os pré-candidatos à Prefeitura da ilha é direcionada para mobilidade urbana

Reprodução

José Carlos Madeira (SO­LIDARIEDADE)

Foto: Divulgação

“Uma cidade com mais de um milhão de habitantes requer um projeto de mobilida­de urbana moderno e mais arrojado e que prepare São Luís para os próximos 20 anos. Nossa capital cresceu muito e há nichos po­pulacionais espalhados por diferentes áreas, e aí estão incluídos os outros três municípios da região metropolitana da Ilha de São Luís. O modelo atual carece de intervenções, de forma planejada e em sintonia com projetos exitosos já colocados em prática em outras grandes cidades. Tenho pesquisado muito, inclusive com especialistas de outros países, o tema da mobilidade urbana e sua funcio­nalidade. Não é um assunto de mera plata­forma eleitoral.

É algo muito sério que inter­fere diretamente na vida de muitas pessoas, porque impacta no cotidiano, na economia, no desenvolvimento social, no tempo de des­locamento entre a residência, o trabalho, a escola, a universidade. Há muito por fazer ainda, mas eu citaria algumas ações emer­genciais, como a criação de um corredor de transporte metropolitano; a criação de li­nhas interbairros, com eficiência do sistema de transporte e redução de tarifas; a refor­mulação das linhas atualmente exploradas pelos consórcios de empresas; a obrigatória renovação periódica da frota de ônibus; re­formulação do atual modelo de terminal da integração, com oferta de serviços públicos municipais e estaduais, além de comércio padronizado; e a construção de abrigos dig­nos para os passageiros. São apenas alguns poucos exemplos de como podemos oferecer um conjunto de serviços de mobilidade mais humanizado à nossa população”.

Jeisael Marx (REDE)

Foto: Divulgação

“Há soluções a serem implantadas a curto, médio e longo prazo, que incluem não ape­nas o transporte coletivo, mas também táxis, “carrinhos”, bicicletas, motoristas de aplica­tivos, tráfego de veículos particulares, além de infraestrutura viária, sinalização e atuali­zação da legislação. É primordial identificar em nossa cidade as regiões onde as pessoas têm mais dificuldades e perdem mais tempo em seu deslocamento diário principalmente para ir e vir do trabalho.

Entendo que os cidadãos residentes, por exemplo, na área do polo Cidade Operária/ Cidade Olímpica, em grande quantidade com suas oportunidades de emprego em regiões distantes como Araçagy, entorno da Av. dos Holandeses, região da Cohama e Renascença, que trabalham na construção civil, emprega­das domésticas, auxiliares em hospitais e clíni­cas, shoppings, com certeza precisam de uma política pública com investimento em mobi­lidade que possa oferecer transporte coletivo com mais rapidez e segurança, para diminuir o tempo que cada cidadão ou cidadã perde se deslocando. Por isso, temos a ideia de tirar do papel um corredor de tráfego que vai da Vila Funil ao Araçagy, passando pelo Parque inde­pendência, Maiobinha e estrada da Maioba, num trajeto repleto de novos conjuntos habi­tacionais que aumentou a densidade demo­gráfica sem que, no entanto, houvesse um in­cremento da oferta de transporte público. Este é um projeto de médio a longo prazo que pre­cisa da parceira dos governos Estadual e Fede­ral, mas já existente no Ministério das Cidades desde o governo Dilma. Também é notória a necessidade de faixas dedicadas àquelas pes­soas que se deslocam através de bicicletas, ten­do esse meio de transporte como aliado para o trabalho. As ciclovias são mais importantes para essas pessoas. E a cada nova intervenção nas avenidas, aproveitaremos para implantar passo a passo trechos de ciclovias, que, com o tempo, vão se unindo. Vamos sistematizar as vias internas nos bairros, com infraestrutura viária, sinalização específica e, se necessário, sistemas binários com sentidos únicos para ir e voltar, desafogando as grandes avenidas. O conjunto semafórico começará a ser moder­nizado, com sistema inteligente gerenciando abertura e fechamento de acordo com o tráfego, evitando que a fila de carros se forme em um pista com sinal vermelho enquanto a outra está vazia com sinal verde. Vamos levar a renovação de frota de ônibus para a Zona Rural. Outras ações também são defendidas por nós no que diz respeito à legislação, e aí necessário con­tar com o poder legislativo, para modernizar/atualizar a Lei dos taxis, permitindo melhores condições de concorrência aos taxistas; bus­car caminhos para rever a Lei dos motoristas de aplicativos e a normatização do transporte alternativo, notadamente os “carrinhos”.

« Anterior Próxima »4 / 7
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias