Pré-candidatos explicam como vão tratar o novo marco do saneamento básico
“A pergunta é…”, voltada para os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís sobre diversos assuntos que fazem parte do cotidiano da população da capital maranhense
Welligton do Curso (PSDB)
Como deputado estadual, percorri diversos bairros de São Luís que, ainda nos dias atuais, sequer tem água potável, a exemplo do Coroadinho e Liberdade. Como prefeito, se eu for eleito, priorizarei, de imediato, a revisão contratual com a Caema, a fim de garantir a expansão dos serviços com qualidade. É inadmissível que, ainda nos dias de hoje, bairros tão próximos ao centro da nossa capital, sequer tenham água potável. Então, de imediato, revisar o contrato com a Caema e estabelecer metas que devem ser cumpridas. Além disso, cobrar a garantia de maiores investimentos na área operacional, podendo-se ver a possibilidade de estabelecer parcerias público – privadas. A Caema pública em São Luís é viável. Portanto, ao menos de maneira imediata, não é medida a licitação, mas sim a revisão do contrato para se estabelecer metas e ampliar o atendimento e a universalização desse bem tão precioso que é a água, bem como o tratamento do esgoto.
Yglésio Moyses (PROS)
A verdade é que a privatização do saneamento básico não deu certo em lugar nenhum. Quando colocamos o interesse econômico à frente do social os resultados não chegam às pessoas que mais precisam. A periferia, as comunidades mais humildes, têm menos condições de pagar as contas de água e esgoto que a iniciativa privada precisa cobrar para ter lucro. É natural que uma empresa que vise lucro direcione mais o seu trabalho e investimento, ou priorize a qualidade do serviço prestado em algumas regiões em detrimento de outras, pela rentabilidade. E depois de firmado um contrato de 20, 30 anos, quem vai corrigir isso? Não podemos cometer esse erro. O que ouço da população, entretanto, é um descontentamento com o serviço da Caema. Mas isso não é culpa de sua estrutura, dos seus funcionários, e sim das gestões que passaram por lá nas últimas décadas. Por exemplo, teve gestor, que agora quer ser prefeito daqui, que quando presidente da Caema não conseguiu colocar água na torneira das pessoas, e não fez nada para reduzir déficit absurdo de saneamento que temos em São Luís. E por que isso acontece? Além da incapacidade pessoal de alguns, é culpa também das decisões e indicações políticas que aconteceram ao longo da história da Caema. Vale lembrar que a gestão dessa pessoa ficou marcada por acusações de contratos sem licitações, muito bem noticiado por este jornal. Então eu pergunto, a água não chega por que a empresa é pública ou por falta de gestão eficiente? Entre os melhores prestadores de serviço do Brasil, estão companhias públicas de saneamento básico. Falta uma empresa de fora vir pra resolver o problema? Não, falta alguém daqui que se importe, se preocupe com as pessoas de São Luís, eu me preocupo.