Pré-candidatos explicam como vão tratar o novo marco do saneamento básico
“A pergunta é…”, voltada para os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís sobre diversos assuntos que fazem parte do cotidiano da população da capital maranhense
Jeisael Marx (REDE)
Primeiro é preciso dizer que o marco do saneamento é muito mais amplo, não trata apenas da questão de água e esgoto. E numa das áreas, que diz respeito ao recolhimento e tratamento de resíduos, em São Luís já é praticado o modelo de prestação de serviço concedido a um empresa, e que funciona relativamente bem, com um ou outro problema pontual. Assim, compreendo ser possível também – e mais do que possível, necessário – buscar um caminho para substituir a Caema. Ainda que não houvesse o marco do saneamento, nós iríamos buscar esse caminho. Esse modelo, com a Caema, já se mostrou incapaz de dar as respostas aos problemas de fornecimento de água e esgotamento sanitário para São Luís. É um absurdo que uma capital, em pleno ano de 2020, não consiga resolver o problema de falta de água num bairro como a Ribeira, como Arraial, por exemplo. Vários bairros carregam problemas dessa natureza causados, inclusive, por inobservância da Prefeitura às normas técnicas de engenharia e exigências legais na construção de empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida, que deveriam ser entregues com Sistema de Abastecimento de Água e Estações de Tratamento de Esgoto próprias em pleno funcionamento, e isso não acontece, agravando ainda mais a situação do município, que é quem recebe o empreendimento e autoriza a habitação. Má gestão. Importante, no entanto, não cometer os erros que municípios da Grande Ilha cometeram ao privatizar esses serviços. São José de Ribamar e Paço do Lumiar o fizeram através de procedimento reclamado como suspeito e até questionado na Justiça, e onde a prestação do serviço é fruto de reclamação de usuários, principalmente no que diz respeito a abusos de preços e ausência de serviços. Nós vamos fazer do jeito certo.
José Carlos Madeira (SOLIDARIEDADE)
Como prefeito, abrirei diálogo permanente com o governo estadual para discutir temas de interesse da população de São Luís. Assuntos como educação, saúde, saneamento e infraestrutura entrarão cotidianamente na pauta desses diálogos visando sempre melhorar a oferta de serviços do poder público ao cidadão. A administração municipal não pode ser uma ilha, com políticas públicas isoladas. Vamos trabalhar em sintonia com outros entes públicos e com a iniciativa privada. A minha visão sobre a Caema – como de resto sobre todas as questões que envolvem o saneamento – é de futuro. Avalio que um serviço tão essencial à população, como é o saneamento, deva ser prestado com eficiência. Por isso tudo, sou favorável ao marco regulatório do saneamento. Claro que o pensamento não é meramente de privatização, mas de aprimoramento da oferta, dando condições mais dignas ao cidadão no que tange a tarifas justas, condizentes com a realidade social, e serviço de qualidade. Isso é algo absolutamente viável, desde que o processo seja empreendido com transparência e fiscalização do poder público. Como prefeito de São Luís, tenho todo interesse em participar desse processo, assunto sobre o qual já venho me dedicando há algum tempo.