Pré-candidatos explicam como vão tratar o novo marco do saneamento básico
“A pergunta é…”, voltada para os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís sobre diversos assuntos que fazem parte do cotidiano da população da capital maranhense
Hertz Dias (PSTU)
Somos favoráveis que todo sistema de saneamento básico seja público, estatal e de qualidade. Não podemos privatizar e transformar o saneamento em mercadoria, como já acontece com a saúde e educação, pois servirá para enriquecer as empresas e dificultar o acesso da população, inclusive com aumento das tarifas e outros serviços. Iremos manter o contrato com a Caema, apesar da necessidade de uma fiscalização e modernização de suas cláusulas, pois é um contrato de três décadas e não tem um controle por parte do poder público(executivo e legislativo), causando prejuízos enormes para a população, principalmente na periferia de nossa cidade onde não chega a água e não tem esgotamento sanitário. Junto a isso, investiremos em obras que garantam o saneamento de toda a cidade, com acesso universal à agua e esgotamento sanitário, no que não couber no contrato com a companhia estadual.
Neto Evangelista (DEM)
O saneamento básico, especialmente a coleta e tratamento do esgoto, é uma política importantíssima para a saúde e central para o planejamento urbano das cidades. A redução da incidência de doenças de veiculação hídrica colabora na melhoria dos indicadores de saúde da população e traz a oportunidade de avançar na atenção básica. Além disso, os investimentos na coleta e tratamento criam oportunidades de emprego e renda, não apenas em função das obras de ampliação do sistema, mas também na construção civil, proporcionando condições de incentivar a produção de novas habitações, especialmente as de interesse social. O Instituto Trata Brasil, no Ranking do Saneamento 2020, aponta que São Luís ocupa a posição 82, entre as 100 maiores cidades brasileiras, ficando à frente apenas de Teresina, entre as capitais do Nordeste. Uma situação incômoda, que exige empenho na ampliação da cobertura e qualidade dos serviços. De qualquer modo, inicialmente, nossa posição é de manter o contrato e averiguar todas as condições de sua implementação, ou seja, faremos uma fiscalização da execução das metas de investimento, ampliação da cobertura e dos serviços prestados à população. Deste modo, a manutenção do contrato atual dependerá do seu cumprimento por parte da concessionária, pois no final das contas, o que importa é que o serviço seja entregue à população.