Pré-candidatos explicam como vão tratar o novo marco do saneamento básico
“A pergunta é…”, voltada para os pré-candidatos à Prefeitura de São Luís sobre diversos assuntos que fazem parte do cotidiano da população da capital maranhense
Eduardo Braide (Podemos)
“Por ter sido presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, é que tenho convicção de que uma empresa pode ser pública e eficiente ao mesmo tempo. É claro que a empresa precisa de mais investimentos e um dos caminhos pode ser uma parceria público-privada sem falar em privatização, valorizando os trabalhadores e ampliando os serviços da companhia. Afinal, é preciso pensar nas pessoas, pois o abastecimento de água e esgoto tem um caráter social e a participação do poder público é fundamental para assegurar uma tarifa justa aos consumidores com a responsabilidade de levar esses serviços a quem mais precisa”.
Franklin Douglas (PSOL)
Como coordenador da Articulação do Semiárido no Maranhão (ASA-Maranhão) contribuí com um dos projetos mais importantes para levar água às comunidades de baixa renda: o Programa Um Milhão de Cisternas de Captação de Água de Chuva, o P1MC. Tenho experiência no tema. Vamos propor 10 mil cisternas de captação de água de chuva para instalarmos na zona rural de São Luís, amenizando o problema da falta de água aos moradores dessa área. Paralelo a essa iniciativa, vamos implementar de fato a política de saneamento básico de São Luís, garantindo o Fundo Municipal, convocando a Conferência e empossando o Conselho para colocar nossa gente na gestão do sistema de água e saneamento da cidade. Vamos propor à cidade a construção de 04 estações médias de tratamento de esgoto, uma por ano, a fim de tornar nossas praias balneáveis e recuperar nossos rios. Há recurso para isso, tem é que usá-lo com transparência e eficiência! São 187 milhões de reais para saneamento no Orçamento do Município. Vamos municipalizar a gestão dos 300 poços artesianos da Caema e fiscalizar os mais de 1.800 existentes no município. Vamos estabelecer uma negociação firme com a Caema no cumprimento das metas de fornecimento de água e de tratamento de esgoto, mas vamos defender que ela continue pública e sob gestão do Estado. Não privatizaremos o sistema de tratamento de esgoto. O exemplo da privatização da água em Paço do Lumiar e em São José de Ribamar, com a Odebrecht/BRK Ambiental, mostra que esse não é o caminho certo. Instituir uma tarifa social para água, a fim de que os mais pobres tenham o acesso a esse bem essencial. Como tenho dito, o desafio desta eleição municipal é nacionalizar o debate sem perder o elo com os problemas locais. O marco legal do saneamento, responsabilidade da política econômica equivocada do Governo Federal, pretende privatizar a água e aumentar a taxa paga por ela. Não vamos contribuir para aumentar a conta de água. Enfim, pensar em uma nova cidade passa por romper com velhas práticas políticas que só considera os interesses do 1% mais rico. Priorizaremos os outros 99% da cidade, garantido água boa e barata, esgoto tratado e praias balneáveis para o povo. Isso é inverter prioridades!