SÃO LUÍS

Direita pode assumir a Prefeitura pela 4ª vez em 34 anos

Desde a reabertura política, o PDT vem dominando a preferência dos eleitores da capital; Eduardo Braide (Podemos) é o líder de intenção de votos

Desde a reabertura política, o PDT vem dominando a preferência dos eleitores da capital; Eduardo Braide (foto), do Podemos, é o líder de intenção de voto

Este ano, São Luís vai ter sua 10º gestão municipal eleita democraticamente desde a reabertura política, em 1985. Neste período, após anos de predomínio do PDT, esta poderá ser apenas a quarta vez que um partido de direita assume a capital maranhense, se as urnas confirmarem a liderança do pré-candidato do Podemos, o deputado federal Eduardo Braide.

Já são nove gestões municipais de seis políticos e políticas eleitas democraticamente pelo voto popular em São Luís. A primeira gestão após a reabertura pode ser considerada um resquício do regime militar – em 1986, tomou posse Gardênia Gonçalves pelo extinto Partido Democrático Social (PDS), que sucedeu a Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava suporte à ditadura.

A direita voltou ao poder somente 23 anos depois, com João Castelo assumindo pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) em 2009, seguido de Edivaldo Holanda Júnior, que assumiu pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão) em 2013.

Durante seu primeiro mandato, o atual prefeito da capital trocou o PTC pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), com quem conseguiu a reeleição para a gestão que termina neste ano. Antes dele, São Luís teve três mandatos de Jackson Lago e um mandato de Tadeu Palácio, também pelo PDT – Palácio completou o segundo mandato de Jackson Lago, que se afastou do cargo de prefeito para concorrer ao governo do Maranhão em 2002.

A lista da esquerda se completa com Conceição Andrade, que foi eleita em 1992 pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) – durante seu mandato, ela filiou-se ao extinto PFL (Partido da Frente Liberal), hoje DEM. Veja a relação de todos os prefeitos e prefeitas de São Luís desde a reabertura política nacional:

1986 a 1988 – Gardênia Gonçalves (PDS)
– Sucessora de Mauro Fecury (PDS), prefeito de 1983 a 1985, o último a ser nomeado pelo regime militar.

1989 a 1992 – Jackson Lago (PDT)

1993 a 1996 – Conceição Andrade (PSB)
– Em 1995 deixou o PSB e filiou-se ao PFL (hoje DEM).

1997 a 2000 – Jackson Lago (PDT)

2001 a 2002 – Jackson Lago (PDT)
– Renunciou em abril de 2002 para concorrer ao Governo do Maranhão, mas foi derrotado por Zé Reinaldo.
– 2002 a 2004 – Tadeu Palácio (PDT) assumiu e completou o mandato de Jackson Lago, de quem era vice-prefeito.

2005 a 2008 – Tadeu Palácio (PDT)

2009 a 2012 – João Castelo (PSDB)

2013 a 2016 – Edivaldo Holanda Júnior (PTC)
– Em 2015 deixou o PTC e filiou-se ao PDT.

2017 a 2020 – Edivaldo Holanda Júnior (PDT)

Pesquisas: cenário difícil para a esquerda
O cenário das pesquisas mostra que dificilmente a cidade será administrada por um partido de esquerda, com os quatro pré-candidatos mais citados serem políticos de partidos de direita e centro-direita. Segundo a mais recente pesquisa Ibope para São Luís, Braide (Podemos) vem na frente com 39%, seguido pelos deputados estaduais e pré-candidatos Duarte Jr (Republicanos, com 9%), Wellington do Curso (PSDB, 13%) e Neto Evangelista (DEM, 8%).

Desses quatro nomes, o Republicanos e o DEM compõem a base de apoio do governador Flávio Dino (PCdoB), que já afirmou que não irá oficializar apoio a nenhum pré-candidato, como O Imparcial antecipou. Na esquerda propriamente dita, o melhor colocado é o deputado federal Bira do Pindaré (do PSB, com 5%), enquanto o deputado federal licenciado Rubens Júnior, pré-candidato do partido do governador, soma apenas 2%.

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