A PERGUNTA É...

“De que forma você resolverá a problemática do comércio informal no Centro de São Luís?”

Com a pandemia, a situação se agravou e muitos investiram na informalidade.

Foto: Reprodução.

Yglésio Moysés (PROS)

“Ninguém é informal porque quer. A sociedade o colocou nessa condição. Por isso é preciso entender, ouvir elas e entender quais alternativas podem ser criadas. Para tirar essas pessoas da informalidade temos que oferecer uma opção de emprego e renda melhor do que a que elas tem hoje. Não é marginalizando essas pessoas, separando-as em um camelódromo que vamos acabar com a informalidade. Mas é depois do diálogo, depois de ouvir, oferecer novas perspectivas de mercado. Tenho escutado muito e concordo… O ambulante, o emprego informal, não pode ser visto como um inimigo da gestão municipal, eles não são criminosos, são pessoas que querem trabalhar, querem dar dignidade às suas famílias. Tirar essa opção de renda e não oferecer nenhuma alternativa é inaceitável. Como prefeito, eu tenho que mostrar as vantagens que a formalidade oferece, além de criar Centros de Apoio ao Trabalhador e ao Empregador, que funcionarão como uma rede de atendimento para aqueles que buscam orientação e inserção no mercado de trabalho. Fomentar o empreendedorismo e autoemprego, além de prestar atendimento ao cidadão e orientar sobre questões trabalhistas”.

Wellington do Curso (PSDB)

Foto: Divulgação Deputado estadual Wellington do Curso: “Roberto Rocha me deu sua palavra que eu seria candidato do PSDB”

“O comércio informal cumpre um importante papel social, permitindo ao cidadão e cidadã a oportunidade de sobreviver, sustentar sua família, ter seu próprio negócio. Entendemos, no entanto, que é preciso disciplina e ordenamento, não apenas na região central da cidade, mas também nos bairros. Dividimos a questão em algumas frentes. A curto prazo, vamos buscar a organização estrutural dos espaços, padronização de barracas, dando mais condições de salubridade para o consumidor e o cliente. Incentivar linhas de crédito e oferecer consultoria para fortalecer a vocação para do negócio, qualificando o serviço a ser oferecido.

Acabar com esta associação que algumas pessoas fazem que o serviço informal é de má qualidade, ou trata-se de algo de menor valor. A médio prazo, mapeando os pontos e quem são esses profissionais, pretendemos a formalização de seus pequenos negócios quando possível. É uma questão complexa porque envolve uma retomada sustentada da economia no país, tanto do ponto de vista local como regional, mas não podemos deixar de fora o horizonte de formalizar estes empreendedores. Entendemos que o comércio popular não pode ser percebido de maneira negativa dentro do contexto urbano, à medida que supre lacunas existentes, seja em relação à diversidade de produtos oferecidos ou por ofertar mercadorias a preços mais acessíveis a determinadas camadas da população. Nossa proposta é mudar o conceito de “comércio informal” para “comércio popular”.

Feito pelas pessoas, pelas famílias ludovicenses, para os ludovicenses e para os que vêm de fora. Caminhando neste sentido que proponho para São Luís um “Shopping de Comércio Popular” bem localizado e com condições de atender a necessidade de ambulantes, clientes e outros frequentadores do local. Instalado no Centro da Cidade, com terminais de banco 24h, lotérica, lanchonetes etc. Um espaço que possa se tornar um atrativo também para turistas, a exemplo do que ocorre em outras cidades do Brasil. Falta interesse público voltado para essa questão, já discutida há muito tempo pela própria categoria.

É preciso pensar num projeto coletivo, que agregue valor à nossa cidade. Espaços públicos nos bairros que foram ocupados de maneira irregular pelo comércio informal também precisam ser disciplinados sem prejuízo ao trabalhador, que terá a oportunidade de ajustar sua conduta para permanecer no local de forma legal, padronizada, com cessão limitada do município em troca de que ele se responsabilize por cuidar do logradouro e seu entorno. Acredito em saídas estratégicas para os problemas da nossa cidade se o próximo prefeito tiver compromisso com o melhor para São Luís. Não é uma tarefa fácil, não se trata de uma tarefa para se resolver dentro do gabinete. Nossa cidade precisa de um prefeito que esteja junto da população, sensível aos seus maiores desafios”.

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