ELEIÇÕES 2020

14 nomes estão na disputa pela prefeitura de São Luís

Faltando sete meses para as eleições e cinco para o início das convenções partidárias, pelo menos 14 pré-candidatos estão na corrida rumo ao Palácio Lá Ravardière

Se todos os nomes que se projetam como pré-candidatos forem oficializados pelos partidos ou coligação, será a eleição mais concorrida da história recente da capital maranhense, já são 14 pré-candidatos  enfileirados na corrida para sede da prefeitura de São Luís.

O fato curioso até agora é que, entre os concorrentes à cadeira do prefeito Edivaldo Júnior, de mulher, só apareceu a deputada Detinha (PL), cujo nome de batismo é Maria Deusdete Lima Cunha Rodrigues. Antes de ser deputada, ela foi prefeita do município Centro do Guilherme, um dos mais pobres do Maranhão, mas conseguiu realizar um programa de governo que a projetou, para chegar à Assembleia Legislativa com a maior votação em 2018. Detinha já conta com o apoio do Avante e do Partido Patriotas.

Campeões de voto

Mesmo como estreante na Assembleia Legislativa, Detinha, porém, está cacifada com a votação de 2018, quando se sagrou a parlamentar estadual mais votada, com 88.402 votos. Ela acompanha o marido Josimar do Maranhãozinho, eleito para a Câmara Federal com 195.768 votos. Em apenas São Felix de Balsas, Nova Iorque e Graça Aranha ele não recebeu nenhum voto, ao contrário do município Maranhãozinho em que levou 4.591 votos.

Com tantos candidatos dispostos a concorrer à prefeitura, eles podem contribuir para dividir o máximo a votação da capital maranhense e empurrar o resultado para um segundo turno. Como o deputado federal Eduarda Braide (Podemos) hoje lidera as pesquisas, com ampla vantagem sobre o segundo colocado, a existência dessa fila de 13 concorrentes pode atrapalhar seus planos de ganhar no dia 5 de outubro. Porém, Braide não demonstra preocupação quanto a isso. Sua movimentação tem sido no sentido de ampliar ao máximo o número de partidos na aliança que vai liderar, com ganho de tempo na TV e dinheiro do fundo de campanha.

Dos 13 pré-candidatos indicados ou ainda apenas se movimentando como tais, pelo menos nove são de partidos da base política do governador Flávio Dino, eleito em 2018 numa aliança com 16 legendas. São eles: Yglésio Moisés (Pros), Bira do Pindaré (PSB), Jeisael Marx (Rede), Duarte Júnior (Republicanos – antigo PRB), Rubens Júnior (PCdoB), José Inácio (PT), Osmar Filho (PDT), Franklim Douglas (PSOL), Neto Evangelista (PDEM) e Detinha (PR). Na oposição estão os pré-candidatos Eduardo Braide (Podemos), Welington do Curso (PSDB), Adriano Sarney (PV), provavelmente Tadeu Palácio (PSL), mas ele nunca se manifestou a respeito.

Coligações proibidas

A principal inovação das eleições de 2020 está na proibição coligações no pleito proporcional – de vereadores. 

Até 2016, os votos dados a todos os partidos da aliança eram levados em conta no cálculo do coeficiente eleitoral para a distribuição das vagas. As coligações daquele pleito poderiam indicar até 150% de candidatos sobre o número de cadeiras na Câmara municipal.

Agora, cada partido pode apresentar o mesmo numero de candidatos – o que significa uma provável explosão de aspirantes a vereador, com reflexo, inclusive na qualidade da representação do mandato eletivo.

Cota de mulheres

O partido deverá reservar a cota mínima de 30% para as mulheres. Está proibida a candidatura avulsa, ainda que a pessoa seja filiada a algum partido. A idade mínima para se eleger é de 21 anos para prefeito ou vice-prefeito e de 18 anos para vereador. Projeto aprovado pelo Congresso fixa que os limites serão iguais aos de 2016, corrigidos pela inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Naquele ano, São Paulo foi a cidade com o maior limite de despesas: R$ 45,4 milhões para prefeito no primeiro turno e R$ 13,6 milhões no segundo. Na regra atual, o candidato poderá se autofinanciar em até 10% do limite de gasto para o cargo.

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