ELEIÇÕES 2020

Sucessão de Edivaldo: caldeirão de incertezas

Nem o PDT, que controla as eleições da capital hás longos 31 anos, não tem hoje um nome como provável sucessor de Edivaldo. A disputa de 2020 promete confusão!

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A su­ces­são do pre­fei­to de São Luís, Edi­val­do Jú­ni­or (PDT) vi­rou um cal­dei­rão po­lí­ti­co, com uma lis­ta­gem de pré-can­di­da­tos, sen­do a mai­o­ria de pou­ca con­sis­tên­cia po­lí­ti­ca e va­ga den­si­da­de elei­to­ral. Des­de 1985, quan­do São Luís ele­geu, por via di­re­ta, Gar­dê­nia Cas­te­lo (PDS) co­mo pri­mei­ra pre­fei­ta após o re­gi­me di­ta­to­ri­al de 1964, a dis­pu­ta de 2020 pro­me­te ser uma tre­men­da con­fu­são.

Nem o PDT, que con­tro­la as elei­ções da ca­pi­tal hás lon­gos 31 anos, não tem ho­je um no­me co­mo pro­vá­vel su­ces­sor de Edi­val­do Jr. Jack­son La­go foi o úni­co po­lí­ti­co a ga­nhar três ve­zes a elei­ção da pre­fei­tu­ra, mor­reu e não dei­xou her­dei­ro pa­ra se tor­nar op­ção nem na ca­pi­tal nem em ou­tra dis­pu­ta le­gis­la­ti­va.  O gru­po Sarney es­tá ain­da em pi­or si­tu­a­ção ho­je, pois o MDB nem se­quer ar­ris­ca fa­lar em can­di­da­tu­ra, pe­lo sim­ples fa­to de não exis­te no­mes for­tes.

Há um pa­ra­do­xo elei­to­ral em São Luís, an­ti­ga­men­te, cha­ma­do de Ilha Re­bel­de, des­de a elei­ção de Epi­tá­cio Ca­fe­tei­ra em 1965 – o úl­ti­mo pre­fei­to elei­to an­tes de as ca­pi­tais per­de­rem no­va­men­te a au­to­no­mia po­lí­ti­ca, no re­gi­me mi­li­tar. Ele foi o pri­mei­ro pre­fei­to saí­do das ur­nas na his­tó­ria da ca­pi­tal ma­ra­nhen­se. Daí até ho­je, ne­nhum dos pre­fei­tos que pas­sa­ram pe­lo Pa­lá­cio La Ra­var­dière dei­xa­ram her­dei­ro po­lí­ti­co de re­le­vân­cia elei­to­ral.

O que va­le des­ta­car é que, des­de a pri­mei­ra elei­ção di­re­ta em São Luís, ape­nas Epi­tá­cio Ca­fe­tei­ra e Jack­son La­go con­se­gui­ram se ele­ger pa­ra ou­tro man­da­to: Ca­fe­tei­ra foi go­ver­na­dor do Ma­ra­nhão e se­na­dor du­as ve­zes, e Jack­son, go­ver­na­dor, mas aca­bou cas­sa­do pe­lo Tri­bu­nal Su­pe­ri­or Elei­to­ral no meio do man­da­to, por Ro­se­a­na Sarney, que as­su­miu o pos­to. No en­tan­to, ne­nhum dos ex-pre­fei­tos con­se­guiu for­mar um gru­po po­lí­ti­co fa­mi­li­ar.

Gar­dê­nia Gon­çal­ves, Con­cei­ção An­dra­de, Ta­deu Pa­lá­cio, João Cas­te­lo não ele­ge­ram fa­mi­li­a­res. Gar­dê­nia Cas­te­lo, fi­lha do ex-pre­fei­to João Cas­te­lo foi elei­ta de­pu­ta­da es­ta­du­al, mas per­deu a re­e­lei­ção quan­do o pai es­ta­va na pre­fei­tu­ra. Ca­fe­tei­ra dei­xou um so­bri­nho, Ro­gé­rio, que tam­bém per­deu a re­e­lei­ção em 2018, quan­do o tio já ha­via fa­le­ci­do. Jack­son La­go, por sua vez, mes­mo com o his­tó­ri­co de três vi­tó­ri­as elei­to­rais na ca­pi­tal e uma pa­ra o go­ver­no do Es­ta­do, não dei­xou nin­guém co­mo her­dei­ro po­lí­ti­co. O ir­mão Zé Luís foi fra­cas­so es­tron­do­so na dis­pu­ta da pre­fei­tu­ra em 2016 e do go­ver­no em 2018. As­sim tam­bém foi Con­cei­ção An­dra­de, que não dis­pu­tou mais ne­nhu­ma elei­ção, e Ta­deu Pa­lá­cio, que as­su­miu a pre­fei­tu­ra em 2002, co­mo vi­ce de Jack­son La­go, que dei­xou o car­go pa­ra con­cor­rer ao go­ver­no, e foi elei­to em pri­mei­ro tur­no, em 2006, apoi­a­do pe­lo en­tão go­ver­na­dor Jo­sé Rei­nal­do Ta­va­res. Em 2012, ele con­cor­reu à pre­fei­tu­ra e fi­cou com ape­nas 4,8% do­so vo­tos, quan­do Edi­val­do Jú­ni­or foi elei­to no 2º tur­no com 56% do­so vo­tos, con­tra o en­tão pre­fei­to João Cas­te­lo.

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