Um dia depois do vazamento de conversas privadas que apontam um envolvimento proibido de Moro com os procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, liberou para julgamento um pedido para anular a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O habeas corpus deverá ser julgado nesta terça-feira, 11.

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O pedido feito pela defesa pede a revisão da negação do habeas corpus a Lula, decisão feita pelo redator da Lava Jato, Felix Fischer. Outro pedido da defesa, que aponta a suspeição do então juiz, Sérgio Moro, também deverá virar pauta da segunda turma do STF nesta terça. Este último foi feito quando Moro aceitou o cargo de ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Responsável por julgar o ex-presidente na operação Lava Jato, Moro condenou Lula à prisão desde abril de 2018. As conversas privadas entre o então juiz e o procurador Deltan Dallagnol publicadas pelo jornal The Intercept neste domingo, entretanto, mostram diversas ações conjuntas entre as duas partes a fim de encriminar o petista.

A quinta turma do Supremo Tribunal de Justiça (STF) já havia reduzido a pena de Lula de 12 anos e um mês para 8 anos e 10 meses de prisão no caso triplex. Porém, a defesa recorreu novamente, alegando “coação ilegal”.

Com a pressão sobre os membros da Lava Jato, a segunda turma do STF formada pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin, deverá julgar nesta terça o pedido de libertação de Lula. Caso não ocorra, a previsão é que entre em pauta no dia 25 deste mês.