Flávio Dino discorda de aventura militar do Brasil na Venezuela
Flávio Dino (PC do B), disse em seu Twitter que o Brasil te tradição de paz e não foi agredido em sua soberania.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), publicou em seu Twitter, nesse domingo (24), o que acha da atuação brasileira quanto a situação atual da Venezuela. Para muitos, o que acontece na Venezuela é uma questão de soberania nacional e outras nações não devem interferir. Para Flávio Dino, o Brasil já enfrenta seus próprios problemas, como desemprego e recessão, e não deve entrar em uma aventura militar em um país vizinho.
Temos tradição de defesa da PAZ. A nossa Constituição determina a solução pacífica de controvérsias. Estamos cheios de problemas derivados do desemprego e da recessão. O Brasil não foi agredido na sua soberania. E então para que entrar em aventura militar em país vizinho ?
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) February 24, 2019
Dino, disse ainda que o Brasil não foi agredido em sua soberania e que nossa constituição determina a solução pacifica de controvérsias.
Outras manifestações de políticos
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, expressou como uma intervenção fantasiada de ajuda humanitária, o que está ocorrendo na Venezuela e completou dizendo que o Brasil irá sofrer por essa posição de se submeter aos interesses dos Estados Unidos.
Dias tristes nos esperam na América Latina com essa intervenção fantasiada de ajuda na Venezuela. Sofreremos por essa posição do Brasil de se submeter aos interesses dos EUA. Não serão eles a viver os efeitos desse conflito. Alertei tempos atrás.https://t.co/AlcAq2vzoC
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 23, 2019
Já o Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse em seu Twitter que a ajuda humanitária iria ser enviada e que o povo brasileiro se mobilizou para ajudar o país vizinho.
Comunico que o envio de ajuda humanitária aos venezuelanos está mantido. O Brasil inteiro mobilizou-se de forma ágil e até o fim do dia, cerca de 200 toneladas de alimentos e medicamentos chegam em Boa Vista-Roraima. Boa noite a todos!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 22, 2019
Representantes de 15 países se reúnem na Colombia
Sob tensão e em clima de guerra, presidentes, vice-presidentes e chanceleres de 14 países, entre eles o Brasil, e mais os Estados Unidos se reúnem hoje (25), em Bogotá, na Colômbia. O presidente da Colômbia, Iván Duque, coordena o encontro com o Grupo de Lima e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, para discutir o acirramento da crise na Venezuela.
Na reunião, Pence deve propor a imposição de novas sanções contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Para o governo brasileiro, é fundamental que mais países reconheçam o governo interino de Juan Guaidó como legítimo, de acordo com nota divulgada ontem (24) pelo Itamaraty.
Pelo Twitter, na sua conta pessoal, Pence afirmou que o esforço, durante a reunião em Bogotá, será para garantir liberdade e democracia para os venezuelanos. “Expressar solidariedade com os líderes regionais pela liberdade e contra Maduro. Encontro com o presidente colombiano Ivan Duque e o único presidente legítimo da Venezuela, Juan Guaidó. É hora de uma Venezuela livre e democrática.”
Brasileiros
Na reunião, o Brasil será representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ambos viajaram ontem e, nos últimos dias, Araújo esteve em Pacaraima (RR) e na fronteira da Colômbia. Em nota, o governo brasileiro repudiou os atos de violência tanto nas áreas próximas ao Brasil quanto na colombiana.
Araújo se reuniu com Guaidó e os presidentes da Colômbia, do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguai, Mario Abdo, na fronteira com a Venezuela. Eles acompanharam a organização da ajuda humanitária internacional para a população venezuelana.