SEGUNDO MANDATO

Flávio Dino: “A maior corrupção do Brasil é a desigualdade social”

Ao lado do vice Carlos Brandão (PRB), Dino convidou sete representantes da sociedade civil maranhense para realizar a entrega da faixa

(Foto: Gilson Teixeira)

A cerimônia de posse para o segundo mandato do governador Flávio Dino (PCdoB), 50 anos, nesta terça-feira, foi marcada pela diversidade que o levou a vitória no primeiro turno, com cerca de 59,29% dos votos válidos. Ao lado do vice Carlos Brandão (PRB), Dino convidou sete representantes da sociedade civil maranhense para realizar a entrega da faixa. O evento começou na Assembleia Legislativa, e terminou em frente ao Palácio do Leões, no Centro Histórico de São Luís.

Em seu discurso, Dino prometeu um governo honesto. “A maior corrupção brasileira se chama desigualdade social. Enquanto tivermos muitos sem nada, não viveremos em paz”.

Ao defender os direitos humanos, lembrando que os Estados Unidos e Israel, países dos quais o novo presidente tem se aproximado, saíram da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o governador empossado afirmou que “somente fascistas acreditam na guerra, no ódio e nas armas. Democratas acreditam no diálogo, somente mediante o entendimento dos que pensam diferente podemos atender a objetivos mais elevados”.

“Nesses tempos estranhos, há quem considere que direitos humanos são maldição. Eu acredito que sem direitos humanos não há desenvolvimento”.

Flávio Dino disse que apresentará um projeto ao governo Jair Bolsonaro (PSL) para que as creches federais sejam finalizadas com recursos estaduais, como prova de que “é possível dialogar com os diferentes”.

DIVERSIDADE

A faixa governamental passou de mão em mão até chegar ao governador reeleito, começando pela cacique Libiana Pompeu Tavares, da Aldeia Mainumy, de Barra do Corda, que representou a população indígena maranhense. Ela entregou entregou para o professor Jermany Gomes Soeiro, da Escola Militar Tiradentes I, que teve o melhor desempenho estadual no mais recente Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Priscila Nogueira Araújo Selares, representando as políticas públicas para a inclusão, foi a terceira. Ela é coordenadora do Fórum Maranhense das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologias.

Os 60% dos maranhenses que vivem na zona rural foram representados pela agricultora de Turiaçu e produtora de abacaxi Dionízia de Maria Costa Ribeiro. Nelci Almeida Pinto, do Bumba Meu Boi de Soledade, representou a diversidade cultural. Virna Patrícia Pereira da Cunha, aluna do Instituto Estadual do Maranhão (IEMA), representou o projeto de escolas em tempo integral, que vem sendo colocado em prática pelo governo. Por fim, Amanda da Conceição Fontelle, estudante de Santa Luzia, representou os alunos do projeto Escola Digna do Maranhão, que substituiu as escolas de taipa por prédios de alvenaria. Ela foi a responsável por levar a faixa até o governador.

“Nada poderia me alegrar e me emocionar mais do que receber a faixa de governador do Maranhão de quem legitimamente ela vem: do povo simples, anônimo e humilde de nosso Estado”, afirmou Dino.

PERFIL

O governador é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), tem 50 anos e é advogado, ex-juiz federal e professor de Direito Constitucional na UFMA, atualmente licenciado. O ex-juiz, que começou sua carreira pública em 2006, quando foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

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