Ligada ao ex-presidente José Sarney

A presidente do Iphan Nacional é funcionária de carreira do órgão. Se aposentou em outubro de 2015 e em junho de 2016 voltou para assumir a presidência. Antes, por muitos anos, foi superintendente do órgão no estado do Maranhão. Saiu preterida por um indicado de Waldir Maranhão, Alfredo Costa. A interferência política foi motivo de Bogéa pedir aposentadoria do órgão. “Eu sou uma técnica, não me envolvo e nunca me envolvi com política partidária. Lamentável o que o país está vivendo”, disse ao jornal O Imparcial em outubro de 2015.

A presidente do Iphan, Kátia Bogéa fala durante evento de inauguração da restauração das fachadas do Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio.

Porém, a despedida de Kátia durou pouco. Ao mudar o cenário político e com Michel Temer assumindo a presidência, Kátia Bogéa voltou ao Iphan, porém como presidente nacional do órgão. A indicação foi do maranhense e ex-presidente, José Sarney (MDB-MA). Com a ascensão de Kátia Bogéa, o indicado de Waldir Maranhão caiu do cargo e assumiu Maurício Itapary.

Durante sua gestão no órgão nacional, a sergipana Kátia Bogéa mostrou prestigio político. O órgão negara licença para a construção do espigão La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador. Tempos depois, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, se demitiu. E acusou o então ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de pressioná-lo para fazer o Iphan mudar de posição. A crise de agravou, e Geddel também deixou o governo.

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