POLÍTICA

Contra cláusula de barreira, PCdoB incorpora o PPL

Partido do governador Flávio Dino manteve o mesmo nome e anunciou congresso extraordinário para concluir o processo de integração entre as duas legendas

Manuela d'Avila e Goulart Filho os nomes de destaque dos partidos que se fundiram (Foto: Divulgação/Karla Boughoff)

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL) aprovaram neste domingo, em um congresso conjunto em São Paulo, a fusão entre as duas legenda, uma vez que nenhum dos dois partidos conseguiu superar a cláusula de barreira, novidade nas eleições de 2018. Enquanto o PPL elegeu apenas um deputado federal, o PCdoB viu sua bancada diminuir de 12 para 9.

Os dois partidos tiveram candidatos em chapas majoritárias, que fizeram oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) desde a pré-campanha. Manuela d’Ávila (PCdoB) foi candidata a vice-presidência de Fernando Haddad (PT). Já o PPL lançou à presidência João Goulart Filho, filho do ex-presidente João Goulart, que foi deposto pelo golpe militar de 1964.

O novo comitê central do Partido Comunista do Brasil será formado no dia 17 de março de 2019, quando ocorrerá um Congresso Extraordinário. Para o evento o atual PCdoB indicou 130 nomes, e o PPL 40.

A CLÁUSULA

A regra da cláusula de barreira foi aplicada pela primeira vez na eleição de 2018. Cada partido tinha de ter conseguido pelo menos 1,5% dos votos válidos, distribuídos em, ao menos, nove estados. A outra opção era eleger, no mínimo, nove deputados distribuídos em pelo menos nove estados. As siglas que não atingem essas exigências ficaram sem recursos do fundo partidário, principal financiador nas eleições, além de não ter direito ao tempo de propaganda gratuita.

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