BASTIDORES

Opinião: Grupo Sarney acabou, mas fragmentos tentam mostrar que resistem

O grupo Sarney acabou. Ficaram fragmentos que tentam mostrar o contrário. A eleição da secional da OAB do Maranhão é exemplo

Enquanto a população maranhense não conseguir olhar para o próprio umbigo e conhecer o que se passa nas entranhas do estado, com seus dramas sociais, fica cada vez mais complicado compreender as razões pelas quais a pobreza se tornou o seu maior flagelo. Nem as mudanças trazidas pelas urnas de 2014 e 2018, em que Flávio Dino derrotou o sistema sarneísta, estão conseguindo clarear, para parcela significativa da população maranhense, a visão enviesada de tudo que ainda se resume na disputa binômica Flávio Dino x Sarney.

O grupo Sarney acabou. Ficaram fragmentos que tentam mostrar o contrário. A eleição da secional da OAB do Maranhão é exemplo. Os sarneístas espalharam que a vitória do presidente Thiago Diaz foi uma derrota imposta a Flávio Dino. Mas Dino nunca sequer se manifestou sobre o pleito. E assim será qualquer disputa até de clube de mãe. Tentaram, também, politizar até eleição de Raimundo Coelho para o Sebrae, apoiado pelo presidente da Fiema, Edilson Baldez. Nada de Flávio Dino ou do grupo Sarney manobrando os cordões atrás do palco.

Flávio Dino está atravessando um período de crise profunda no Maranhão. Mas todos sabem – ou deveriam saber – que a crise não é produzida dentro do Estado. Ela é nacional. É política, é institucional; é econômica e prolongada. Mas o grupo Sarney teima em tenta incutir na população, por seus meios de comunicação, que o Estado está quebrado. Torce para atrasar salário de funcionário, o que move a economia. Mas nenhuma palavra sobre a quebradeira de vários outros estados e dos rombos nas contas do Tesouro Nacional.

O Maranhão, herdeiro de uma tragédia social secular, onde a desigualdade é brutal e humilhante para mais de 70% dos maranhenses, está conseguindo realizar investimentos sociais e estruturantes e pagar os funcionários, sem estourar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Uma proeza no Brasil. Mas o governo só não fará tudo, se não contar com o apoio político e econômico do setor privado. Torcer contra é desserviço. Puro choramingado da viuvez sem luto.

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