ELEIÇÕES 2018

Três dias de tensão na reta final da campanha

É o tudo ou nada para os principais candidatos presidenciais Jair Bolsonaro (PSL) e Haddad (PT). A disputa entrou na fase do desespero sobre quem vai para o 2º turno

(Foto: Reprodução)

Nem a Copa do Mundo no Brasil, provavelmente, não despertou tanto interesse dos brasileiros como ocorre sobre a eleição do próximo dia 7. É o tudo ou nada para os principais candidatos presidenciais Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). A disputa entrou na fase do desespero sobre quem vai para o segundo turno com Haddad.

O tucano Geraldo Alckmin aposta tudo numa eventual reviravolta, rachando o eleitorado de Bolsonaro, deixando-o para trás, e chegando ao segundo turno, “para vencer o PT”. Os maiores especialistas em pesquisas, em mobilidade eleitoral e em estratégia de campanha estão esgotando as energias na tentativa de entender essa disputa histórica e angustiante. Eles são os responsáveis pela virada do jogo até domingo, ou assistir ao desfecho até aqui demonstrado nas pesquisas.

Esse ambiente de tensão favorece mais o radicalismo da militância do que a postura dos candidatos. Principalmente do segundo pelotão: Alckmin, Ciro Gomes e Marina Silva. Todos usando artilharia pesada contra Bolsonaro e Haddad, principalmente Álvaro Dias, do Podemos, com 1%, e o mais agressivo de todos contra apenas o PT, seu alvo preferido.

POLARIZAÇÃO DO COMEÇO AO FIM

No Maranhão, a situação é bem diferente no contexto da disputa para governador e para as duas vagas de senador. Com as pesquisas indicando vitória de Flávio Dino já no próximo domingo, sua principal concorrente, Roseana Sarney, saiu de sua desconfortável posição light, para um tom agressivo. De repente, aparecem também inserções na TV, sem identificação da autoria, atacando duramente Flávio Dino.

Sem cair na tentação de rebater os ataques na mesma medida e contundência, Dino prefere o discurso propositivo, mostrando tranquilidade, ao pedir voto para si e para os candidatos a senador, Eliziane Gama e Weverton Rocha. Na semana passada, um fato chamou a atenção na disputa do Palácio dos Leões.

A pesquisa encomendada pela TV Mirante, da família Sarney, foi cancelada pelo instituto Escutec, alegando “problemas técnicos”. No domingo, porém, o instituto Exata mostrou Flávio Dino com mais de 63% de intenções de votos válidos, contra 30% de Roseana Sarney. De acordo com a Constituição Federal, votos válidos são os colocados nominalmente nos candidatos e os de legenda – no partido. As pesquisas excluem, em seus cálculos, os votos brancos, nulos e o percentual de indecisos.

A mesma pesquisa da Exata/Jornal Pequeno aponta uma reviravolta nas intenções de votos para as duas vagas de senador. Os candidatos Eliziane Gama e Weverton Rocha aparecem na frente dos integrantes da chapa de Roseana Sarney – Sarney Filho e Edison Lobão. Anteriormente, eles vinham liderando a disputa. Tal colocação também aumentou a tensão entre os grupos comandados por Roseana Sarney e seu adversário Flávio Dino. A pesquisa Exata/JP foi registrada no TSE sob o número MA-05196/2018. Os demais concorrentes ao governo estão bem longe de almejar virar o jogo na reta final da campanha

DINO: O CONTRA-ATAQUE VIRTUAL

Ontem, 1º, repetindo o que faz diariamente, Flávio Dino usou seu perfil no Twitter para tecer considerações sobre esta semana decisiva para a disputa do governo e demais cargos: “Chegamos à semana da eleição. Infelizmente, a oligarquia aponta que vai insistir em baixarias, ataques, boatos. Nós vamos seguir o nosso caminho: mostrar o que fizemos e o que faremos no período 2019- 2022. O Maranhão não vai andar para trás. Peço a ajuda de todos e todas”.

Por sua vez, Roseana permaneceu em São Luís, em reunião com a coordenação da campanha no horário da manhã, e, à tarde, gravou os últimos programas eleitorais, que terminam nesta quinta-feira. Ela não tem usado as mídias digitais, em páginas pessoais, para fazer campanha, ao contrário de todos os concorrentes. Também participará do debate na TV Mirante.

Enquanto Geraldo Alckmin endurece os ataques contra Bolsonaro, tentando dividir seu eleitorado, atraído pelo sentimento antipetista e mais os indecisos, no Maranhão a polarização está carimbada e consolidada: Flávio Dino contra Roseana Sarney. Enquanto, no voto presidencial, Jair lidera nacionalmente, no Maranhão há uma inversão de tendência: Fernando Haddad tem 44,9% das intenções de voto e Jair Bolsonaro, 26,5%, segundo pesquisa do DataIlha.

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