Pela primeira vez na história, pesquisas coincidem na reta final no Maranhão
Como a distância entre o primeiro e a segunda colocada nas pesquisas é quilométrica fica até difícil instituto arriscar manipular números e sair da eleição sem ser desmoralizado.
Pela primeira vez na história recente das pesquisas eleitorais para governador do Maranhão, este ano, os números chegam à reta final, coincidentemente, uma confirmando a outra. Se Flávio Dino (PCdoB) for eleito amanhã, com a folga apontada sobre sua principal concorrente Roseana Sarney (MDB), os institutos pesquisadores estarão com o crédito de confiança em dia com os eleitores. Saem maior do que entraram na campanha.
Como a distância entre o primeiro e a segunda colocada nas pesquisas é quilométrica – o dobro em média – fica até difícil alguém arriscar manipular números e sair da eleição sem ser desmoralizado pelas urnas. O jogo é duro, pesado e envolve interesses infinitos de grupos políticos e empresariais. Porém, os institutos de pesquisa não podem adotar metodologia vulnerável a fraude na eleição, antes do voto. Afinal, só pelo voto é possível mudar o país, mediante a oxigenação da democracia.
Nova pesquisa Exata foi divulgada hoje. Confira números.
Amanhã, o eleitorado brasileiro e maranhense vai dizer o que pretende para a Presidência da República e o Palácio dos Leões nos próximos quatro anos. Hoje é dia para os candidatos arrematarem seus esquemas e avaliar o que pode dar certo ou errado no encontro de manhã com as urnas. O Brasil nunca precisou tanto de bom senso numa eleição geral como agora. Não há espaço para vacilo ou aventura no Planalto.
No Maranhão, caso as pesquisas se confirmem, amanhã Flávio Dino terá o mandato renovado, o que significa o fim do sarneísmo. Ele aparece com o dobro das intenções de voto. Reeleito Dino, derrotará a mais longa oligarquia política do Brasil: a dos Sarney e dos Lobão. É o recomeço de uma história, sem um grupo familiar e empresarial no usufruto do poder. Caso contrário, o sarneísmo renascerá robusto. Para mais quantas décadas?