“Há uma clara tentativa de interferência nas eleições”, acusa Weverton Rocha
Candidato a deputado estadual patrocina acusações contra Weverton (PDT) e Eliziane Gama (PPS). Os candidatos do PDT e PPS convocam coletiva de imprensa para se defender e acusam adversários políticos de usarem o candidato Carioca do Povo como laranja para desestabilizar suas candidaturas
Durante a manhã desta segunda-feira, quatro pessoas foram detidas pela Polícia Civil distribuir falsos jornais em que faziam acusações contra os candidatos Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). A Polícia Civil encaminhou os suspeitos para a Polícia Federal. Poucas horas depois do acontecimento, o candidato a deputado estadual, Carioca do Povo (PRTB), assumiu a autoria do folheto.
Em contato por telefone pela reportagem de O Imparcial, o candidato assumiu. “Foi eu que mandei fazer, tudo dentro da lei. Registrado com o CNPJ da minha campanha”, indagado sobre o motivo da campanha negativa ele respondeu: “Não posso aceitar eles serem senadores pelo meu estado”.
Porém chama atenção da Nota Fiscal ter sido emitida depois da repercussão da condução dos quatro suspeitos. A Polícia Civil chegou até as pessoas que estavam distribuindo no Terminal Rodoviário da Praia Grande, no meio da manhã, por volta das 10h e somente 13h que a nota fiscal foi emitida. Carioca contratou a Gráfica Escolar (O Estado do Maranhão) para imprimir os panfletos contra Weverton e Eliziane.
Nesse tipo de serviço, não é regra a nota fiscal ser emitida logo de imediato. Primeiro a empresa prestadora do serviço fatura a nota fiscal para depois receber o valor do serviço. Mas outro ponto também chama atenção. Na prestação de contas do candidato Carioca do Povo, ele informa como receita somente R$ 2.850,00 e nenhuma contabilidade de despesa foi registrada.
O valor do serviço para impressão de 500.000 exemplares tabloides foi de R$ 27.110,25, muito acima do que Carioca já conseguiu arrecadar em sua campanha. Porém, esses valores não são atualizados em tempo real. Mas não deixa de chamar atenção.
Weverton Rocha e Eliziane Gama convocam coletiva de imprensa
Weverton Rocha e Eliziane Gama convocaram a imprensa para uma coletiva na sede do PDT, no Centro, para prestar esclarecimento sobre o caso e dos últimos acontecimentos da campanha. “Nós queremos falar para a imprensa do Maranhão e para a imprensa do Brasil, através da live que estamos fazendo. Queremos dizer o que se passa no Maranhão durante essas eleições”, afirma Weverton.
Segundo o candidato Weverton, a campanha dele e Eliziane, tiveram desde o início a preocupação de ser propositiva. “Nossa chapa foi propositiva, nós em momento algum estamos parando para passar qualquer tipo de recibo para construção de fake news, a histórias fantasiosas ou qualquer tipo de construção que o adversário está tentando fazer, que é tirar o nosso foco”, começou a coletiva.
Eliziane Gama, por sua vez, disse fazer uma campanha limpa e que a candidatura dela e de Weverton tem como objetivo levar “para o senado uma representação que defenda nosso estado”. Ela afirma que em contrapartida recebe ataques.
E depois já percebemos as fake news apresentadas, como uma tentativa de desconstruir as nossas vidas. Inclusive propagandas mentirosas, que a justiça retirou todas do ar.
Weverton disse que já buscou na justiça que as pessoas sejam responsabilizadas. “Já pedi na justiça para a polícia apreender os jornais na sede da mirante. E que também vá no endereço do laranja [Carioca]. Sempre aprontam uma. Estava até demorando”.
Nota do Grupo Mirante
Com relação às acusações levianas veiculadas hoje por postulantes ao Senado Federal nas eleições 2018, que assinalaram a Gráfica Escolar S/A e o Grupo Mirante cometerem delito eleitoral, as empresas esclarecem:
(i) a Gráfica Escolar S/A é reconhecidamente uma empresa de desempenho destacado no ramo gráfico/impressão. Sua atuação na confecção de materiais publicitários dos mais diversos clientes, não é novidade para o mercado.
(ii) como se faz de costume, não cabe à Gráfica Escolar S/A, a responsabilidade pelo conteúdo das peças publicitárias confeccionadas em seu parque gráfico. Incume à ela apenas a obrigação de seguir os trâmites legais, com a emissão de nota fiscal respectiva, identificação de CNPJ, etc. Prática que sempre ditou os procedimentos da empresa.
(iii) conforme prega a lei, em se tratando especificamente de propaganda eleitoral, o encargo pelo teor cabe ao contratante, a saber, Partido Político/Coligação/candidato, na forma do art 16, caput e parágrafo único, da Resolução nº 23.551/2017-TSE, sendo que o material questionado já foi integralmente impresso e entregue ao cliente, nos moldes da legislação eleitoral.
Dessa maneira, a Gráfica Escolar S/A e o Grupo Mirante refutam qualquer tentativa espúria de imputação de delito, vez que houve a estrita observância das normais legais.