Em São Luís, Haddad chama Bolsonaro de chefe de milícia
Candidato prometeu reajuste de 20% no Bolsa Família, e que “em nenhum lugar do país” o botijão de gás custará mais do que R$50
Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência da República, esteve na capital São Luís neste domingo (21), e em entrevista coletiva após ato político no bairro do Anil, chamou Jair Bolsonaro (PSL) de “chefe de milícia”, além de criticar Paulo Guedes, economista que foi anunciado por seu adversário, caso seja eleito, como Ministro da Fazenda.
“Quem conhece o Paulo Guedes sabe que é um Michel Temer piorado. Conheço o suficiente para saber que as medidas dele trariam grande prejuízo para o Brasil”, disse Haddad no centro da capital maranhense. A entrevista foi transmitida ao vivo pelo Facebook do jornal O Imparcial.
Haddad falou que reduzirá o preço do gás, para que “em nenhum lugar do país” o valor do botijão ultrapasse R$ 50. Disse ainda que fará um reajuste de 20% no Bolsa Família.
Questionado sobre a reforma trabalhista, o petista lembrou que Bolsonaro pretende manter a equipe econômica do atual presidente. “Nós não temos compromisso nenhum com as reformas do Temer e lamento que o Bolsonaro só agora tenha falado que o governo Temer não é tão ruim”, disse.
Em determinado momento, Haddad disse também que Bolsonaro “não é um democrata e não sabe conviver com a divergência”, e criticou o fato do candidato do PSL eleger seus filhos apenas pelo nome, os quais chamou de “milicianos, capangas e de quinta categoria”. “Não é um candidato a presidente, é um chefe de milícia. Depois que você dá o poder para quem anda armado, você não tira mais”, disse.
ANESTESIA
Para Haddad, quem não está com medo do discurso de ódio propagado por Bolsonaro é porque não está entendendo o que acontecendo no Brasil, e “está anestesiado pelo estado de coisas que o País está vivendo”.
Ainda na mesma entrevista, o petista citou a imprensa internacional para afirmar que uma vitória do candidato de extrema-direita trará riscos ao povo brasileiro, e que banqueiros e empresários estão ignorando esta situação. “Enquanto a Justiça Eleitoral me permitir, vou denunciar o que está acontecendo no Brasil. Só o discurso de Bolsonaro já está fazendo o País ficar mais violento”, completou.