ELEIÇÕES 2018

Senado: a embolada de Zé Reinaldo nas eleições do Maranhão

O ex-governador Zé Reinaldo está embolado nas eleições do Maranhão, a coluna Bastidores tratou no assunto neste sábado

(Foto: O Imparcial)

José Reinaldo Tavares tornou-se, ao longo de sua trajetória, o braço direito de José Sarney. Foi seu diretor do Departamento de Estradas e Rodagem, depois superintendente da Novacap, secretário de Viação e Obras do Distrito Federal, diretor-presidente do Departamento Nacional de Obras e Saneamento, superintendente da Sudene, ministro dos Transportes de José Sarney, deputado federal de 1990 a 1994, secretário de Infraestrutura do Estado, vice-governador de Roseana Sarney (1995-1998) e governador (2002/2006).

Em 2002, como vice, José Reinaldo substituiu Roseana e concorreu ao governo do estado, contra Jackson Lago. No mesmo ano, apoiou Ciro Gomes, junto com Roseana Sarney. No entanto, seu adversário Jackson Lago passou a apoiar Lula, após encontro entre Roseana Sarney e Ciro Gomes. Com a queda de Ciro nas pesquisas, José Reinaldo seguiu José Sarney e passou a apoiar Lula.

Com apoio de José Dirceu e de José Sarney, José Reinaldo foi reeleito. Entretanto, por desavenças entre a sua esposa na época, Alexandra Tavares, com a senadora Roseana Sarney, o governador José Reinaldo rompeu, em 2004, com a família Sarney. E atuou fortemente para derrotá-la, como líder dos opositores aos Sarney, tendo à frente o ex-prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT). Ele derrotou Roseana. Em 2007, por influência de Sarney, José Reinaldo foi preso pela PF na “Operação Navalha”, sendo algemado e filmado pela TV Mirante e solto quatro dias depois. Ainda em 2006,José Reinaldo foi um dos incentivadores de Flávio Dino abandonar a toga de juiz federal e ingressar na política, sendo eleito deputado federal.

Em 2014, José Reinaldo foi eleito deputado federal pelo PSB, mesmo nunca tendo demonstrado qualquer atuação ou militância que o identificasse como socialista. Logo depois de Flávio assumir o governo em 2015, José Reinaldo ficou arredio na relação com Dino. Em 2016, prometeu a Dino votar contra o impeachment de Dilma Rousseff, mas na hora votou com a turma de Eduardo Cunha. O rompimento com Dino ocorreu em 2017, quando ele passou a apoiar e aprovar todas as matérias polêmicas de Michel Temer na Câmara.

Foi o único deputado do Maranhão a acompanhá-lo à China. Como candidato a senador pelo PSDB, José Reinaldo quase rompe com Roberto Rocha, candidato a governador. Tentou inflar o nome de Eduardo Braide, mas viu o projeto naufragar na realidade política. Como Roberto Rocha não decolou, José Reinaldo pena, agora, tentando puxar a candidatura do companheiro e empinar a sua, sempre em quarto lugar nas pesquisas, numa disputa por duas vagas. Está igual a Roberto Rocha, outro aliado de Flávio Dino que rompeu e também não avança na corrida ao governo.

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