DINHEIRO EM CAMPANHA

Candidatos ao senado acumulam gastos de R$ 7,7 milhões

Chamou atenção item do candidato Sarney Filho, em que o próprio candidato aparece como favorecido no valor de R$18.480,00, referente ao aluguel de um imóvel e um carro

Neste pleito eleitoral, pode-se afirmar que a eleição senatorial chamou atenção do meio político e parte do eleitorado mais engajado. São duas vagas disponíveis para compor com as três vagas que cada estado tem direito. Com somente um candidato a reeleição, no caso o senador Edison Lobão (MDB), a certeza é que pelo menos 33% da representatividade da bancada maranhense será renovada, porém o grupo Dino pretende fazer os dois nomes. A disputa está acirrada.

As despesas dos candidatos tem suas especificidades, mas o maior gasto dos candidatos é relacionado com comunicação (marketing eleitoral) e logística. O candidato Alexandre Almeida (PSDB) aposta todas suas fichas na publicidade digital, só com dois itens de despesa, Alexandre gastou R$ 255 mil reais, sendo R$ 200 mil para uma empresa de marketing digital e R$ 55 mil para publicações patrocinadas. O segundo maior gasto de Almeida foi com deslocamento aéreo, com R$ 165 mil reais com a empresa Delta Táxi Aéreo para locação de helicópteros.

Se por um lado, Alexandre aposta no marketing digital, o candidato a reeleição Edison Lobão (MDB) tem gastos expressivos com adesivos, santinhos, bottons e materiais gráficos. Com a Gráfica Minerva, a campanha de Lobão contratou R$ 800 mil. Em outros itens de sua prestação de contas, há outras contratações também referentes a serviços gráficos. O senador Lobão teve, até agora, gastos na casa dos R$ 2 milhões.

Weverton Rocha (PDT), a exemplo de Almeida, também empenhou parte de sua receita com locomoção aérea. Foram gastos R$137.500 com voos em aeronave de modelo Beech Aircraift. O deputado Weverton também tem como maior gasto uma gráfica para confecção de santinhos, adesivos e outros materiais de divulgação, ao todo só com a empresa Embalacflex, Weverton destinou R$ 144 mil reais.

O deputado federal e candidato ao senado, Sarney Filho (PV), é o segundo que mais que mais gastou até agora na campanha. Entre seus gastos, que chegam na ordem de mais R$1,7 milhão, teve um curioso. O candidato aparece como fornecedor da própria campanha, recebendo um valor de R$18.480,00 referente ao aluguel de um carro e um imóvel para funcionamento do comitê central de campanha.

A deputada federal Eliziane Gama (PPS), que encara a primeira eleição ao senado, é a terceira que mais gastou até agora. Entre seus gastos está principalmente a contratação de agências e produtoras na área de comunicação. A empresa S R S ALMEIDA faturou R$ 300 mil reais para produção de programas televisivos. Só para “Direção de Cena”, Eliziane desembolsou R$ 160 mil reais e mais R$ 140 mil para consultoria em marketing digital. Os gastos de Eliziane aparecem um pouco abaixo do concorrente Verde, Sarney Filho (PV), com um volume de R$1.176.928,76 reais.

O ex-governador Zé Reinaldo (PSDB), que almeja uma cadeira na Câmara Alta, já gastou R$813.907,50, tendo destaque para empresas de comunicação, com R$ 327 mil para a F B Torres Comunicação e R$ 126 mil para Arte Filme Produtora e Informática. Saulo Pinto (PSOL), Preta Lú (PSTU) e Saulo Arcangelli (PSTU) não tiveram gastos nem receitas divulgadas. O candidato ao senado Iêgo Brunno (PCO), que faz parte da chapa de Saulo Pinto, informou gastos de pouco mais de R$ 10 mil reais, que resumem em gastos com gráficas.

[Atualização: 27/08/2018 15:04 ]

O jornal O Imparcial entrou em contato com o candidato Sarney Filho (PV), que enviou resposta depois da publicação fechada. Publicamos, assim, a nota na íntegra do candidato Sarney Filho (PV).

NOTA – CANDIDATO SARNEY FILHO

Recursos estimáveis em dinheiro são recursos recebidos diretamente, pelos candidatos e partidos, de bens ou serviços prestados, mensuráveis em dinheiro, mas que, por sua natureza, não transitam em conta bancária e não geram desembolso financeiro para os candidatos. Podem ser provenientes de doações ou do patrimônio particular do próprio candidato.

A legislação eleitoral estabelece que todos os candidatos, inclusive o vice, suplente e partidos políticos são obrigados a prestar contas à Justiça Eleitoral de toda movimentação financeira ocorrida no decorrer da campanha, o que será feito seguindo normas gerais assentadas na Lei nº 9.504 /1997 e instruções específicas expedidas por meio de resoluções do TSE que, nas eleições de 2018, editou sobre o tema as Resoluções 23.553/2017.

No caso o candidato tem que apresentar sua prestação de contas com registro de movimentação financeira, inclusive declarando no Demonstrativo de Recursos Arrecadados o imóvel utilizado em campanha para funcionamento de comitê, caso exista, emitindo o respectivo recibo eleitoral, com a doação estimável em dinheiro, ainda que o imóvel seja de propriedade do candidato.

Os bens estimáveis em dinheiro fornecidos pelo próprio candidato à sua campanha são apenas aqueles que já integravam seu patrimônio pessoal anteriormente ao registro da candidatura.

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