Partidos pequenos tendem ter mais candidatos nas proporcionais
O PSL, PTC, PT, PSDC (hoje DC), PCdoB e PRTB foram os seis partidos que mais tiveram número de candidatos nas proporcionais. O curioso é que o PT não é pequeno, mas no Maranhão sofre uma crise de identidade e nunca conseguiu ser um partido grande
Os famosos nanicos, perseguidos quando a discussão é reforma política, se articula para ter representatividade nas casas legislativas de todo o Brasil. No Maranhão, um dado do Tribunal Superior Eleitoral, aponta que estrategicamente os partidos pequenos buscam um maior número de candidatos para que possam chegar no Congresso Nacional, ou mesmo, na Assembléia Legislativa. Os dados são das eleições de 2014.
O PSL, PTC, PT, PSDC (hoje DC), PCdoB e PRTB foram os seis partidos que mais tiveram número de candidatos nas proporcionais. O curioso é que o PT não é pequeno, mas no Maranhão sofre uma crise de identidade e nunca conseguiu ser um partido grande, como acontece no restante do Brasil. Nunca surgiram nomes fortes dentro do quadro do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, talvez por conta disso, o partido também recorra a estratégia de lançar um grande número de candidatos.
Mas qual é a lógica de ter muito candidato?
Quando o partido não tem um bom número de “puxador de votos”, fica mais fácil pulverizar lançando vários candidatos para alcançar o quociente eleitoral. O código eleitoral define como quociente eleitoral em uma fórmula simples: divida-se o número de votos válidos apurados pelo número de lugares a preencher cada circunscrição eleitoral. Chegando a esse número, cada legenda ou coligação tem que alcançar o quociente para eleger um deputado, no caso da eleição de 2014.
No ano de 2014, o quociente eleitoral para deputado federal foi de 173.916 votos. Já nas eleições para cadeiras na Assembléia Legislativa do Maranhão foi de 76.007. Por isso, os partidos pequenos evitam coligar com grandes legendas, diminuindo assim a chance de eleger algum representante da legenda.