ELEIÇÕES 2018

Facebook inicia registro para candidatos e partidos marcarem anúncios políticos, uma exigência do TSE

O cadastro é obrigatório para o concorrente ou legenda que quiser fazer esse tipo publicação paga na rede social durante as eleições

Foto: Reprodução

O Facebook abriu nesta quinta-feira (9) o processo de registro para candidatos e partidos que vão divulgar propaganda eleitoral pela rede social. O cadastro é obrigatório para o concorrente ou legenda que quiser fazer esse tipo publicação paga na rede social durante as eleições, informa a Agência Brasil. A exigência foi estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em resolução sobre o pleito deste ano.

A inscrição pode ser feita por meio de um formulário específico disponibilizado pela rede social. Esses anúncios serão identificados nas linhas do tempo dos usuários do Facebook como “Propaganda Eleitoral”. Os usuário poderão ver nas peças publicadas por candidatos e legendas o CPF ou CNPJ dos anunciantes. Apenas esses dois atores podem impulsionar conteúdos no pleito de outubro. As publicações com essas informações serão disponibilizadas a partir do dia 16 de agosto. Este será o primeiro ano em que a divulgação deste tipo de anúncio será permitida.

O Facebook informou que o Brasil é o segundo país no mundo onde a rede social lançou a possibilidade de marcar anúncios relacionados à política. Em comunicado, a empresa destacou “que está adotando medidas significativas para trazer mais transparência aos anúncios e páginas na plataforma”. Disse que, “quando se trata de anúncios políticos”, quer ser ainda mais transparente. “É por isso que lançamos recentemente a possibilidade de marcar conteúdo político e permitir que as pessoas vejam quem está pagando por anúncios dessa natureza”.

A rede social, que vive uma crise de credibilidade sem precedentes, vem tentando equacionar a pressão das sociedades em relação a problemas com discurso de ódio e notícias falsas espalhadas na plataforma com a manutenção do seu modelo de negócios, que tem por base a atividade (compartilhamentos, curtidas etc.) de sua audiência gigantesca. Recentemente, o Facebook decidiu em vários países, inclusive no país, banir páginas fraudulentas ou incentivadoras de divisão social que antes insistia em manter no ar, alegando respeito à livre expressão.

No caso da eleição no Brasil, em julho, a diretora global de engajamento com políticos e governos do Facebook, Katie Harbath, afirmou que o pleito brasileiro é prioridade para a empresa. “Estamos comprometidos em proteger a plataforma contra abusos ao mesmo tempo em que amplificamos os efeitos positivos dela. Estamos trabalhando muito para evitar que pessoas mal-intencionadas utilizem a desinformação para prejudicar o processo democrático e realizamos mudanças importantes para trazer novos padrões de transparência aos anúncios, especialmente quando esses anúncios possuem conteúdo político”.

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