Candidatos a deputado federal acumulam milhões em uma década
Destaque para o atual presidente estadual do PR-MA, Josimar de Maranhãozinho, que tenta ocupar a cadeira da Câmara Federal pela primeira vez, no período de dez anos chegou ao patamar de 14 milhões em patrimônio
Ao todo, 203 pleiteantes registraram pedido de candidatura à vaga de deputado federal no Maranhão. No sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o DivulgaCand, já é possível encontrar a declaração de bens dos principais aspirantes ao cargo.
Destaque para o atual presidente estadual do Partido da República no Maranhão, Josimar de Maranhãozinho, que tenta ocupar a cadeira da Câmara Federal pela primeira vez.
Antes de ser deputado estadual, há 10 anos, em 2008, Josimar foi prefeito de Maranhãozinho, onde declarou para a Justiça Eleitoral ter um patrimônio de R$ 463.906,86. Em 2014, quando foi eleito deputado estadual pelo PR, como mais votado, seu patrimônio já era de R$ 6.563.240,69. Hoje, quando almeja ocupar um espaço no Congresso Nacional, Josimar já pode ser considerado um multimilionário com a cifra de mais de R$ 14 milhões.
O ex-prefeito de São José de Ribamar (2001 a 2017), Gil Cutrim (PDT), declarou ter bens avaliados em R$ 3.191297,26. Em 2012, durante candidatura à reeleição, a declaração foi bem menor: R$ 1.513.349,69.
Na contramão do enriquecimento durante o exercício de cargos eletivos, a atenção também se volta para quem diminuiu as cifras no total dos bens. Candidato à reeleição como deputado federal, Júnior Marreca (PATRI), só declarou R$3.163,19, valor proveniente de depósito bancário em conta corrente e poupança. Quando foi eleito prefeito de Itapecuru Mirim, em 2008, o valor declarado foi de R$118.800,39. Quem também ficou mais “pobre” foi o ex-prefeito de Cantanhede e deputado federal, Hildo Rocha (MDB), saiu de R$ 2.115.000, em 2014, para R$ 1.435.000 o pleito deste ano.
Na noite de ontem, 20, o TSE intimou todos os candidatos às eleições deste ano, inclusive os 13 candidatos à Presidência da República, a detalharem a declaração de bens. A medida tem como objetivo garantir maior grau de transparência no processo eleitoral. No ano passado, a Corte tinha simplificado o sistema, mas voltou atrás após repercussão negativa.
Confira a evolução do patrimônio dos principais candidatos ao longo de dez anos: