“Não é um projeto competitivo e, sim, parceiro”, diz Eliziane sobre candidatura
Eliziane aposta que sua pré-candidatura vem sendo costurada de forma diferente, com apoio da população e, por isso, tem ganhado muita força nos últimos tempos
A deputada federal Eliziane Gama (PPS) foi uma das duas escolhas do grupo político do governador Flávio Dino para concorrer ao Senado Federal nas próximas eleições ao lado de Weverton Rocha (PDT). Ela acredita que sua escolha se deveu, principalmente, pela afinidade política que possui com o projeto desenvolvido pelo grupo do governador.
“Os nossos projetos e anseio por transformação social são os mesmos. Desenvolver o estado do Maranhão é a nossa prioridade. Meu papel dentro do governo, bem como dentro da chapa, é dar continuidade ao bom trabalho que o governo tem realizado. Assim, como pré-candidata a senadora, levantamos também a bandeira da mudança do Maranhão por meio dos projetos sociais”, explicou.
Eliziane aposta que sua pré-candidatura vem sendo costurada de forma diferente, com apoio da população e, por isso, tem ganhado muita força nos últimos tempos.
“Estamos construindo uma plataforma popular de mandato, assim como foi feito nas campanhas para deputada estadual e federal. Assim, os meus mandatos são conduzidos e alinhados diretamente com o povo, com as demandas e necessidades das pessoas. Então, não seria diferente para o Senado, que precisa estar também próximo aos municípios e seus habitantes, para atender às reais necessidades de todos”, afirmou.
Para completar, a pré-candidata destacou a importância de uma parceria com Weverton Rocha para buscar a eleição de ambos, o que aumentaria o poder do Governo do Estado em âmbito federal, caso seja confirmada a reeleição de Dino.
“Na verdade, a gente entende que não é um projeto competitivo e, sim, parceiro entre eu e o Weverton. Nós estamos pactuando as mesmas propostas para dar resultado. Como são três senadores, precisamos da eleição dos dois para termos a maioria no Senado e executar as propostas que estamos apresentando”, analisou.
Posição na política nacional
Uma das grandes críticas de parte do grupo de Flávio Dino à escolha de Eliziane Gama para concorrer ao Senado ocorre porque ela foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff, enquanto o governador foi um dos maiores defensores da ex-presidente.
Mas, apesar de ter votado pela saída de Dilma, a deputada do PPS tem sido contra as reformas feitas pelo governo de Michel Temer e, constantemente, tem votado contra as medidas sugeridas por ele. Ela também votou a favor da abertura de investigações contra o presidente da República.
Apesar deste posicionamento anterior, Eliziane se mostra contrária à prisão do ex-presidente Lula. “Não concordo que a justiça seja seletiva no combate à corrupção e que as garantias legais não sejam observadas. Acho que não só o ex-presidente Lula, como todos os brasileiros, não podem ser presos sem provas esem a tramitação final dos pro- cessos judiciais”, explicou.
“O PPS está fazendo uma dis- cussão sobre as eleições. Temos, dentro do próprio PPS, o Cristóvam Buarque, que é senador por Brasília. Algumas vertentes defendem Marina Silva, Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia e outra candidatura própria. É um partido pequeno, mas com um debate democrático muito intenso e no momento das convenções vai ficar definido”, explicou.
Crise dos combustíveis
Diante da crise atual dos combustíveis, o que gerou uma greve dos caminhoneiros por todo o Brasil, Eliziane aproveitou para explicar alguns motivos que levaram à situação atual da Petrobras. “Após a CPI da Petrobras, eu criei a Comissão Externa de Avaliação da Suspensão das refinarias Premium 1 e Premium 2. A não existência de refina- rias hoje no Brasil encarece o preço do combustível e acaba não tendo a competitividade do mercado”, explicou.
A pré-candidata explicou que o Brasil exporta o petróleo e depois importa os pro- dutos refinados, gerando um déficit e o aumento do preço dos combustíveis nos postos pelo país. “A política de preço da Petrobras não atende ao mercado brasileiro e, sim, ao mercado internacional e tem ajuste di- ário, e gera imprevisibilidade pra quem lida com combustível e também gera um encarecimento”, completou. “Além da grande carga tributária do país”.
Após elencar os três principais motivos, a deputada também aponta a falta de força dos senadores maranhenses para garantir os recursos que viriam para o Estado após o cancelamento das obras da refinaria de Bacabeira.
“O Senado tem um peso muito grande no direcionamento orçamentário. Nós tínhamos um investimento bilionário para as refinarias Premium 1 e 2 aprovado pelo orçamento da União, e esse dinheiro foi programado para vir ao Maranhão e o Ceará. E, após uma mudança interna que cancelou as obras, esse dinheiro que poderia ter vindo acabou destinado para outros estados. E a falta de uma articulação política do Senado foi fundamental para a gente perder tanto investimento pro Estado”, analisou.
Defesa da criança e do adolescente
Um dos feitos mais notáveis de Eliziane na Câmara dos Deputados é ser membro da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente e também ter presidido a CPI de Combate à Pedofilia, que realizou um forte trabalho de combate ao abuso sexual infantil no Maranhão. A deputada ressalta a importância do combate à violência urbana como forma eficiente de proteger a infância. “E por meio da proteção e cuidado com a infância e adolescência, inserindo estes jovens no contexto escolar, com a participação de familiares e professores na educação deles, que estaremos não somente combatendo, mas também prevenindo a violência urbana tirando estas crianças do caminho e influência do tráfico de drogas”, explicou.