ESQUERDA UNIDA

Flávio Dino defende chapa única para o Palácio do Planalto

Flávio Dino comentou o cenário da política nacional passando por uma possível manutenção da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até uma improvável união da esquerda em torno de um nome único

foto: reprodução

Em entrevista a um jornal paulista, o governador Flávio Dino comentou o cenário da política nacional passando por uma possível manutenção da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até uma improvável união da esquerda em torno de um nome único.

Dino também comentou a participação mais ativa de José Sarney nas prévias da eleição do Maranhão e ainda a possibilidade de abrir o seu palanque para todos os candidatos dos partidos aliados.

Apesar de defender a candidatura de Manuela D’Avila, de seu partido, o PCdoB, Dino defende uma unidade das candidaturas de esquerda em prol de um nome único.

“Acho possível e necessário [uma unidade de esquerda] para polarizar setores sociais mais amplos e também setores políticos. Se tiver uma eleição fragmentada, pode ser que nenhum de nossos candidatos tenha viabilidade, e isso pode resultar numa tragédia: ficarmos fora do segundo turno. Por isso, acho importante, por exemplo, Ciro e Haddad conversarem”, disse Dino.

O governador reforçou que deve repetir a estratégia usada em 2014, quando todos os candidatos à Presidência, dos partidos aliados regionalmente, tiveram espaço em seu palanque.

“A fórmula é a mesma. Tenho meu voto pessoal que, obviamente, é na candidata do meu partido, a Manuela D’Ávila, mas ao mesmo tempo cumpro o papel de acolher os candidatos de partidos da nossa aliança”, afirmou.

Caso não haja uma unidade, Dino prevê uma eleição muito aberta em que qualquer previsão de resultado é uma incógnita. “Temos uma eleição muito aberta porque sem Lula todo mundo fica ali no mesmo patamar. Todos os candidatos que lideram podem desmanchar, casos do Bolsonaro, da Marina, do Joaquim. Por isso, temos que manter a candidatura dela até que se coloque outra dinâmica. Daqui para julho, vamos ver”, concluiu.

Dino não descarta a possibilidade de uma eleição com Lula e acredita até que ele seja o grande favorito caso seja liberado pela Justiça. “Temos dificuldade de prognosticar a presença do Lula na urna. Defendo o direito de ele concorrer porque acho que ele foi vítima de uma arbitrariedade. Ainda há muito em jogo, muita perspectiva, e acho fundamental que o Lula se mantenha no debate. Levo em conta dois cenários: se Lula for candidato, todos com Lula; se não for, é uma eleição aberta”, confessou.

No âmbito do Maranhão, o governador comentou o retorno do domicílio eleitoral do ex-presidente José Sarney, que saiu do Amapá de volta ao seu estado natal após 28 anos.

“Imagino que significa mais na política do Amapá. Eu diria que não foi um gesto de vontade. Ele chegou a ensaiar uma candidatura no Amapá, mas aparecia mal nas pesquisas. Ficou evidente que não tinha mais nenhum papel a jogar lá. O certo é que ficou em uma situação frágil lá”, explicou.

Por fim, Dino comparou a tentativa de Sarney de tentar cooptar partidos aliados ao governador para a base da pré-candidatura de sua filha, Roseana Sarney, a uma passagem bíblica do Velho Testamento.

“Ele fez isso mas, graças a Deus, com escasso êxito. São ciclos históricos. No Livro do Gênesis, na Bíblia, quando a mulher de Ló olha para trás, ela vira estátua de sal. Acho que isso se aplica também aos ciclos políticos. É um ciclo esgotado no Maranhão, porque ninguém quer virar estátua de sal”, professou.

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