GREVE DOS CAMINHONEIROS

“Agora estamos preocupados com outras regiões do estado”, afirma Dino

Em rápido contato com o portal O Imparcial online, o governador Flávio Dino disse que as bombas de São Luís já estão sendo reabastecidas com combustíveis levados do Porto do Itaqui

foto: reprodução

Em rápido contato com o portal O Imparcial online, o governador Flávio Dino disse que as bombas de São Luís já estão sendo reabastecidas com combustíveis levados do Porto do Itaqui

Ele analisa também o movimento dos caminhoneiros e seus reflexos na economia e até o eventual impacto nas eleições.

O Imparcial: Como você está encarando o movimento dos caminhoneiros aqui no maranhão?

Flávio Dino: É um problema federal, derivado de uma política equivocada no âmbito da Petrobras, que levou a esse escândalo de aumento quase diários dos combustíveis.

Acho que o movimento dos caminhoneiros teve esse mérito de alertar a sociedade. Porém, por outro lado, não podemos conduzir a todos a um caos devido abastecimentos de produtos essenciais.

O papel do estado nesse caso nesse caso, foi de intervir para garantir segurança para aqueles que quisessem trabalhar. Conseguimos, no porto do Itaqui, a liberação de vários caminhões dirigidos aos serviços essenciais.

O Imparcial: Quantos caminhões de combustível já foram liberados do porto de Itaqui?

Flávio Dino: Neste sábado nós conseguimos para ilha de São Luís mais de 80 caminhões. Agora estamos preocupados com outras regiões do estado, vendo como podemos garantir como eles possam chegar a esses locais. Assim poderemos evitar o desabastecimento de combustível, que é essencial para uma série de atividades.

O Imparcial: De modo geral, como o senhor recebeu a notícia do decreto do presidente Michel Temer para o uso das forças armadas na desobstrução de rodovias?

Flávio Dino: Temos atuado em conjunto com os órgão federais, sob coordenação do governo do estado. O Exército tem no acompanhado, a Polícia Rodoviária Federal tem participado das nossas reuniões desde a sexta-feira, e tem nos ajudado. Quanto a parte federal, realmente acho que houve muita lentidão por parte do Governo Federal, o que gerou uma situação tenebrosa que estamos vendo. Setores econômicos inteiros estão sendo afetados. Vi agora, uma notícia que na Bahia, frangos estão morrendo. Temos aqui, em São luís, desabastecimento de hortifrúti granjeiros, produtos.

Uma situação difícil, porque o governo criou o problema e demorou a agir

O Imparcial: Essa greve pode impactar nas eleições?

Flávio Dino: Tenho visto alguns seguimentos dos caminhoneiros fazendo campanhas para alguns candidatos. Isso é realmente muito grave. Acaba que o movimento, que tem uma causa justa, acaba se confundindo com outros interesses.

Evidentemente, neste momento, ninguém tem dúvida de que há interesses empresariais. Há um claro locaute, com participação de empresários bancando o movimento. Isso é ilegal, segundo a lei 7783/99 não é permitido a greve empresarial. Quem faz greve são os trabalhadores. Por isso, volto a repetir, acho que o governo foi muito lento ao responder essa grave crise.

O Imparcial: A questão do ICMS. Como o senhor encara essa proposta de redução do ICMS?

Flávio Dino: Só é possível discutir esse assunto com a Petrobrás na mesa discutindo a política de preços. Porque o núcleo do debate não é tributação. Nós temos uma das menores cargas tributárias do país para combustíveis. Não fizemos reajuste de imposto em relação ao diesel, diferente de alguns estados.

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