Caso Triplex

Lula passa segunda noite no Sindicato dos Metalúrgicos

O ex-presidente não cumpriu o prazo estabelecido até às 17h de ontem pelo juiz federal Sérgio Moro para se apresentar na sede da PF em Curitiba e segue em São Bernardo do Campo

Reprodução

É grande a expectativa em frente a do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, permanece desde que o juiz federal Sérgio Moro determinou a prisão dele na última quinta-feira (5).

A expectativa é de que Lula se entregue à Polícia Federal neste sábado (7), após a missa, marcada para as 9h30, em homenagem à ex-primeira dama, Marisa Letícia, que faria 68 anos hoje.Lula, que passou a segunda noite no local, acompanhado de amigos, apoiadores e familiares, ainda não se pronunciou e nem apareceu hoje (7) para a militância, que está em vigília no local.

Curitiba

Assim que se entregar, o ex-presidente será conduzido a Curitiba onde ficará em uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal. O local está isolado para vistantes externos e a movimentação nas imediações é só de profissionais da imprensa.

Também estão presos em Curitiba os ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Pallocci e Léo Pinheiro, dono da Construtura OAS , que em depoimento ao Juiz Sérgio Moro confirmou que o petista é o dono do triplex em Guarujá (SP).

Novo recurso

A defesa do ex-presidente Lula entrou com um novo pedido de recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), que tenta suspender a decisão do juiz federal Sérgio Moro que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão.

A presidente do Supremo, Ministra Cármen Lúcia, decidiu que o ministro Edson Fachin será o relator do recurso. A defesa havia pedido que o recurso fosse encaminhado para o ministro Marco Aurélio, que é contra a prisão em segunda instância, no entanto, a seção responsável pela distribuição das ações entendeu que o caso deveria ser relatado por Fachin, que também atuou em outros casos envolvendo o ex-presidente.

Na reclamação, a defesa de Lula sustenta que Moro não poderia ter executado a pena porque não houve esgotamento dos recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), segunda instância da Justiça Federal. Para os advogados, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou, em 2016, as prisões após segunda instância deve aplicada somente após o trânsito em julgado no TRF4.

 

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