Em entrevista ao Estadão, o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB) disse saber que a esquerda perdeu no país nas últimas eleições municipais, graças à crise política que o Brasil vem passando.

Flavio Dino disse ainda que o grupo precisa criar um programa que atenda aos “desafios da nação”, e que o candidato “não precisa ser obrigatoriamente Luiz Inácio Lula da Silva”.

Defensor da formação de uma frete que leve a esquerda para outra realidade, o gestor declarou que a esquerda “precisa parar de olhar para trás e começar a olhar para frente”, já que, segundo ele, “discursos do tipo ‘eu avisei’ não resolvem nada”.

Sobre as eleições, Dino disse ser “óbvio” o resultado desfavorável para a esquerda no Brasil. “Acho que isso ocorreu, principalmente, pela crise econômica e pelo desemprego. O grande O grande beneficiário dessa perda de substância eleitoral da esquerda não foi propriamente outro partido e sim a chamada antipolítica. Porque, se você olhar São Paulo, Rio e Belo Horizonte, ganharam três outsiders”.

Para o governador do Maranhão, a solução para a esquerda passaria por um “rearranjo” mais frentista, parecido com o do Uruguai’. Nas palavras do líder do PCdoB no Maranhão, a esquerda deve ser mais “orgânica”, para que “consiga atrair o chamado centro político”, que, segundo ele, não se refere a “partido A ou B”, mas sim ao “centro da sociedade”.

Flávio Dino apontou Ciro Gomes como um substituto à figura de Lula nas Eleições de 2018. Para ele, o líder do PT “pode até ser candidato”, mas “alguém de outro partido poderá ser o candidato dessa nova frente”.

Sobre o presidente Temer, Dino disse que ele “está se virando como pode”, já que é uma conjuntura muito difícil. “Está tentando construir uma agenda praticamente baseada numa ideia central que é essa PEC do Teto dos Gastos”, ressaltou.

Flávio Dino aproveitou para esclarecer que nunca houve um convite para a ex-presidente Dilma Rousseff ser secretária no Maranhão.