Editorial

Sarney x Flávio Dino: puro lero-lero

A poucos dias das eleições esquentam as discussões em torno de influenciadores políticos do estado.

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A campanha pela Prefeitura de São Luís chega, amanhã, ao fim, com alguns políticos e jornalistas tentando forçar a barra numa discussão sem nexo nem plexo: seria um embate, inexistente, entre o grupo Sarney e seu algoz que o derrotou em 2014, Flávio Dino. Nem uma coisa nem outra estão em jogo. O ex-presidente José Sarney se ausentou totalmente das eleições deste ano no Maranhão e no Amapá. Dentre as razões, a idade e problemas na saúde dele e de dona Marly. Dos seus familiares, apenas o irmão Ivan Sarney disputou, sem sucesso, uma cadeira de vereador na capital.
Quanto a Flávio Dino, ele ficou equidistante da campanha no primeiro turno em São Luís. Motivo alegado: todos os principais candidatos apoiarama sua eleição em 2014. Eram, portanto, aliados. No segundo turno, porém, Dino deixou para assumir o apoio a Edivaldo Júnior na última semana da disputa, um parceiro de governo, que tem como vice o sindicalista ‘comunista’ Júlio Pinheiro. Uma escolha, aliás, sem surpresa.
O que não faz sentido é tentar-se, por meio de mídias sociais, panfletear que o confronto da capital é Sarney contra Flávio Dino. Propagar-se isso é invencionice infantil. É falsear os fatos, burlar a razão e a lógica. Qual dos dois candidatos é sarneísta ou antissarney? Até o PMDB, controlado pelo grupo Sarney, mantém-se à distância do pleito desde o primeiro turno. O presidente municipal da legenda, Fábio Câmara, concorreu, por conta e risco, à prefeitura, sem apoio de nenhum Sarney.
Ademais, essa versão enviesada dos fatos em nada contribui para que o eleitorado faça uma escolha segura do próximo prefeito de São Luís, seja Edivaldo Júnior ou Eduardo Braide. Sarney nunca mais será protagonista político no Maranhão ou no Brasil. É simplesmente personalidade histórica de enorme relevância. Já Flávio Dino está apenas no meio de seu primeiro mandato de governador, tendo contribuído, com o PCdoB, para eleger 46 prefeitos e participado da eleição de 150 – nas contas do presidente da legenda, Márcio Jerry. O resto é puro nhenhenhém saudosista. Tentando acender vela na tempestade.
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