ELEIÇÕES 2016

Editorial: Para que servem as pesquisas?

Há apenas dois dias para o fim da campanha do 2º turno, em São Luís, os institutos estão em trabalho frenético para dar conta de 12 pesquisas de intenção de voto.

Pesquisas ajudam ou atrapalham as eleições? É uma pergunta difícil de responder em São Luís ou em qualquer parte. O modo científico da montagem desse tipo de consulta vem sustentada em estudos sociológicos, estatísticos e matemáticos, cujo objetivo específico é a orientação do voto. E tempo de campanha, como atualmente, as pesquisas de intenção de voto orientam estratégias partidárias, determinam os rumos das campanhas e despertam grande interesse por parte do eleitor.
Quando faltam apenas dois dias para a campanha do segundo turno terminar, em São Luís, os institutos estão em trabalho frenético para dar conta de 12 pesquisas de intenção de voto. Das 13 registradas no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, a primeira saiu ontem, da Econométrica/Jornal Pequeno (nº MA-04727-2016), dando 56,9% a favor de Edivaldo Júnior (PDT) e 43,1% para Eduardo Braide (PMN). As demais estão na fase de tabulação dos dados ou ainda com os pesquisadores em campo.
Mas a resposta à pergunta inicial deste texto continua em aberto. A pesquisa orienta estratégias de campanha, mas, infelizmente, não traz elementos avaliativos dos candidatos. Logo, se conclui que o eleitor, ao responder as indagações dos pesquisadores, não encontra nada sobre o perfil político, técnico ou gerencial dos concorrentes à prefeitura da principal cidade do Maranhão, com mais de um milhão de habitantes. São tantos os problemas que seria impossível se propor soluções para todos em um simples folder de campanha.
Já é tempo de os institutos de pesquisas inovarem suas metodologias de sondagem eleitoral. Procurar abranger muito além do clássico: “Se a eleição fosse hoje, em qual desses candidatos você votaria?” Qual a chance de o eleitor conhecer, pelo questionário padrão, algo importante além do nome dos cargos eletivos? Obviamente nenhuma. A ele só lhe é dada a oportunidade de chutar, com base em seus próprios conhecimentos, ou pegar a onda do “manda”. Portanto, a pesquisa tem enorme poder de influenciar, mas pode apontar favoritismo sem revelar o lado bom ou ruim de cada preferência.
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