SÃO LUÍS

Partidos são os maiores doadores dos candidatos

Confira quanto cada um recebeu para custear sua campanha

Os diretórios dos partidos são os maiores doadores dos principais candidatos à Prefeitura de São Luís, segundo dados publicados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o momento, o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT), a deputada federal Eliziane Gama (PPS), o deputado estadual Wellington do Curso (PP) e o vereador Fábio Câmara (PMDB) declararam suas legendas como as maiores financiadoras de suas campanhas.
Além dos favoritos, a professora Cláudia Durans (PSTU) também tem como maior fonte de financiamento recursos advindos do fundo partidário. A legislação eleitoral proíbe que empresas financiem candidatos.
O Imparcial
Líder nas pesquisas de intenção de votos, Edivaldo Holanda é também o campeão de arrecadação até agora. O candidato à reeleição declarou ao TSE mais de R$ 810 mil em arrecadação. Deste valor, R$750 mil são advindos dos diretórios do PDT, PTC e PEN.
O Imparcial
A campanha de Wellington do Curso registrou doações que somam R$ 114.008,70. O Partido Progressista foi o responsável por R$ 16.000,00. Já a maior doação registrada veio do Diretório do PHS com R$ 63.780,00. Entre as doações de pessoas físicas, destaca-se a realizada pelo deputado Edilázio Júnior (PV), que tirou do próprio bolso R$ 30.000,00, segundo o site do TSE. Já o próprio candidato injetou apenas R$ 4.350,00 em sua campanha.
O Imparcial
A popular socialista Eliziane Gama arrecadou até agora R$ 552.369,00, dos quais R$ 450.000,00 vieram dos cofres do PPS, seu partido, e do PSDB, partido de seu vice. O restante é de doações de pessoas físicas, que somam R$2.369,00.
O Candidato do PMDB, Fábio Câmara, recebeu até o momento R$105.000,00 em doações. Apesar de afirmar em entrevistas não contar com o apoio de “caciques” do partido no estado, todo o valor arrecadado é advindo de recursos do diretório estadual do partido.
O Imparcial
Na contramão dos candidatos majoritários, Eduardo Braide (PMN) não declarou nenhuma receita advinda do fundo partidário. Ele é seu maior financiador, com R$60.000,00 destinados de seus recursos para a campanha, além dele, figuram como doadores Gustavo Borgnet, com R$20.000,00 e Fernando Salim Braide, que doou R$16.000,00, totalizando R$96.000,00 arrecadados até o momento.
Outro que não recebeu doações partidárias foi o candidato do PSOL, Valdeny Barros. Todos os R$20.550,00 arrecadados vieram de contribuições de pessoas físicas. O maior doador registrado é o Raimundo Nonato Penha Soares, que desembolsou R$ 8.000,00. O próprio Valdeny figura como segundo maior doador, com parcos R$ 6.000,00. O candidato explicou, durante sua visita ao Grupo O Imparcial, que aguardava o envio de recursos do partido, mas que o valor sofreu restrições devido ao alocamento de recursos a outras campanhas. “O diretório nacional priorizou a utilização de recursos partidários nas praças onde o PSOL tem grandes chances de vitória, como Belém, Porto Alegre e São Paulo”, disse.
A candidata Rose Sales (PMB) declarou receitas de R$ 6.460,00, totalmente arrecadadas por doações de pessoas físicas, que variam entre R$20,00 a R$1.060,00.
A candidata a prefeitura pelo PSTU, Cláudia Durans, recebeu até o momento R$ 5.200,00. Destes, R$ 1600,00 são advindos do fundo partidário, através do diretório municipal do PSTU. O restante das doações vem de pessoas físicas, com doações entre R$500,00 e R$200,00.
O candidato Zeluis Lago (PPL) não apresentou nenhuma declaração de receitas até o momento, segundo o site do TSE.
Brasil
O efeito mais evidente da proibição de doações de empresas para campanhas, após a minirreforma eleitoral, tem sido o crescimento da injeção de recursos públicos nas candidaturas neste ano. Coadjuvante em eleições passadas, o uso de dinheiro do Fundo Partidário para bancar os candidatos a prefeito já supera o que foi aplicado em toda a eleição de 2012. Quatro anos atrás, este tipo de verba representava apenas 4% da arrecadação. Com a nova regra eleitoral, a participação saltou para 24%.
Mais do que ter ganhado relevância no financiamento eleitoral, o Fundo Partidário foi a fonte de financiamento que mais cresceu em relação a 2012. Até o momento, os candidatos a prefeito haviam recebido dos partidos R$ 140,6 milhões do fundo em todo o Brasil. Na eleição de 2012, foram R$ 95,9 milhões. Neste mesmo período, quatro anos atrás, o dinheiro do fundo investido na eleição somava R$ 33,5 milhões
O boom das doações de recursos públicos foi o caminho encontrado pelos partidos para compensar a perda das doações de empresas. Os candidatos das grandes cidades, maiores beneficiários das contribuições de grandes companhias, são os que mais têm sofrido. Hoje, são os partidos que se apresentam como principais financiadores, alavancados pelo fundo.
Em alguns casos, é como se estivesse em vigor quase um financiamento exclusivamente público de campanha. Por lei, o Brasil adota o financiamento misto (privado e público). Em grandes cidades como São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Salvador, todos os candidatos que lideram a corrida eleitoral têm uma dependência enorme de recursos públicos para tocar a campanha.
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